Antes de mais, fiquem sabendo que comentários do tipo "carocha com esteroides" e afins, apenas servem para sorrir e pronto.
Portanto fiquem descansados que é na boa.
Relativamente ao Porsche, tenho a dizer o seguinte: Foi desde sempre uma marca que provoca em mim um grande fascinio.
E porquê?
Muito provavelmente porque como o meu pai emigrou para a Alemanha e por lá andou até 1980, tendo eu também vivido lá alguns anos antes de entrar na escola e de ter lá passado também as férias de verão, a paixão surge daÃ. Lá ao ver a charutada toda que circulava nas estradas, o unico carro que me chamava a atenção era o 911.
Alguns anos mais tarde tive a oportunidade (ainda sem carta) de conduzir um 911 carrera cabriolet de um conhecido e fiquei rendido ao carro. Claro que nessa altura eu não era grande espingarda a conduzir, ao contrário de muitos que vejo a "falar", como se tivessem nascido com os genes do Ayrton Senna...
Adiante, mais tarde ao longo da vida (afinal são 18 anos com 25 de experiência
), voltei a ter a oportunidade de me sentar e sentir as sensações de condução de alguns Porsche, incluindo o charuto do 914, tudo isto para dizer que a paixão pelos Porsche, principalmente pelo 911 pois por exemplo o Panamera não me diz rigorosamente nada, é uma coisa que não dá para explicar. A estética intemporal, pois não passa da evolução do conceito inicial, já com umas largas dezenas de anos, o motor traseiro, o comportamento delicado mas cada vez mais eficaz, etc.
A caixa!
Essa coisa que serve para "meter mudanças".
Há tretas que sinceramente não compreendo. Parece-me que continua em força o mito das caixas automáticas usadas pelos americanos. As que não tinham disco de embraiagem e que a transmissão de potência para as rodas era através de um conversor de binário, basicamente o fluido hidráulico a circular transmitia a "força" para as rodas. As novas caixas automáticas não passam de caixas manuais com o acionamento a ser gerido electrónicamente e que possuem mais que uma embraiagem, além de que são muito mais rápidas que a mão humana.
Uma caixa manual até pode transmitir outro feeling na condução, mas é isso que a faz (para alguns) ser tão superior a uma automática de comando sequêncial?
Há alguns anos (agora que penso nisso já lá vão cerca de 20
) andei uns dias com um Dodge Shadow ES vindo directamente dos States. Claro que tinha caixa auto, coma as habituais posições P, R, N, D, a que se juntavam 1, 2 e 3.
E não é que se um gajo quisesse mexer nas mudanças aquilo até dava?
O carro era uma treta, ao arrancar até parecia que um gajo nem o ponto de embraiagem fazia em condições. O motor acelerava que parecia uma vaca louca. De cada vez que a caixa mudava de relação o carro tinha um comportamento estranho e a reduzir então era pior. Unica coisa de jeito era se fosse necessária uma aceleração forte, como tinha a função "kick down" e "metia uma abaixo".
Isto sim era uma caixa auto da treta, agora não queiram comparar isto com as modernas caixas.
Nota final para o Dodge. Motor engraçado, um 2.2 ou 2.3 (não me lembro bem) Turbo com quase 150 cv, castrado pela caixa e ainda castrado pela suspensão, independente MacPherson á frente e na traseira um eixo rigÃdo...