uma que desconhecia
Fabricante: Renault - França
Tripulação: 2
Comprimento: 5 - Largura: 1.71M - Altura: 2.13M
Peso vazio: 6100Kg. - Peso preparado para combate: 6600Kg.
Motor/potência/capacidades
Sistema de tracção:Lagartas
Motor: Renault 4cyl. Potência: 35 cv
Velocidade máxima: : 8 Km/h - Velocidade em terreno irregular: 3 Km/h
Tanque de combustÃvel: N/disponÃvel Autonomia máxima: 35Km
O grande numero de veÃculos que os franceses conseguiram construir e utilizar no campo de batalha, foi uma das razões da desmoralização das forças alemãs a partir do Verão de 1918, que conduziu ao armistÃcio no final desse ano.
Num ataque na região de Soisson em Julho de 1918, os franceses realizaram um ataque em que participaram 480 (quatrocentos e oitenta) carros Renault FT-17 ao mesmo tempo.
A desorganização na retaguarda das linhas alemãs foi tremenda e a única forma que os alemães tinham de fazer parar estes pequenos carros era tentar imobiliza-los ou então utilizar canhões de tiro tenso, adaptados de armas utilizadas pela artilharia naval.
Da mesma forma que os britânicos, os franceses também se depararam com o mesmo problema das trincheiras durante a I guerra mundial.
O principal problema identificado pelos franceses, não foi o atravessamento das trincheiras (problema que os britânicos resolveram com os carros Mk.I a Mk.V) mas sim a necessidade de transportar uma metralhadora juntamente com a infantaria à medida que esta avançava de encontro ao inimigo.
O Renault FT-17 foi um projecto de Louis Renault, e foi resultado da necessidade que o exército francês teve de dispor de uma metralhadora móvel que pudesse avançar a coberto de alguma blindagem.
Embora relativamente pequeno e leve quando comparado com os pesados tanques britânicos, o FT-17 tinha no entanto uma blindagem frontal de 16mm que era maior que a blindagem máxima dos tanques britânicos Mk.I a Mk.V
Embora inicialmente ele estivesse equipado apenas com uma metralhadora, posteriormente foi-lhe colocado um canhão de 37mm Hotchkiss.
A principal caracterÃstica do FT-17, era a colocação do armamento principal numa torre com capacidade para girar 360 graus, o que era uma novidade para a altura e que se viria a tornar standard nos carros de combate do futuro.
O Renault FT-17 foi de longe o tanque mais produzido durante a I guerra mundial, tendo a sua produção segundo algumas fontes chegado às 4.000 unidades, ou seja, mais que todos os restantes carros de combate aliados e alemães juntos. Mas embora construido em grandes quantidades e relativamente barato de construir o FT-17 sempre apresentou vários problemas mecânicos e muitas vezes ficava imobilizado no terreno.
As forças francesas, não tinham desenvolvido um serviço de apoio no campo de batalha para recuperar os carros de combate, ao contrário dos alemães, que por não os terem, desenvolveram formas de capturar os tanques alidados abandonados no campo de batalha.
O numero de veÃculos construido foi muito grande e ele continuou em produção mesmo depois do fim da guerra com modernizações. Em 1944, aquando da libertação de Paris, os alemães utilizaram alguns destes carros para combaterem as milicias francesas, embora eles fossem já nessa altura autênticas peças de museu.
O Renault FT-17, foi para muitos exércitos de vários paÃses do mundo, o primeiro contacto com a arma blindada. Após a guerra, ocorreram exportações destes veÃculos para mais de 20 paÃses.
Informação genérica:
O FT-17 foi o principal carro de combate francês durante a I guerra mundial. Com a sua torre rotativa, ele serviu de modelo para muitas outras viaturas do tipo desenvolvidas durante a década de 1920.
Além da França, também a Itália produziu a viatura a partir de 1923, sob a designação Fiat-3000.