A lesão de Jules Bianchi explicada por Gary HartsteinGary Hartstein, ex-delegado médico de Fórmula 1 assistente de Sid Watkins, explicou hoje a lesão de Jules Bianchi no seguimento do forte acidente no GP do Japão. O clÃnico admitiu que a lesão é de enorme gravidade, afirmando que o diagnóstico de lesão axonal difusa (DAI) é um cenário que “nós (n.d.r.: médicos) odiamos quando aconteceâ€, sendo uma situação que interrompe facilmente a associação dos sentidos da fala, audição e visão. Segundo os dados, 90 por cento dos afetados permanece num estado vegetativo, embora raramente cause a morte. Gary Hartstein explicou o significado das palavras do nome da lesão. É ‘difusa’ porque “ao contrário dos hematomas, a DAI não mostra uma localização ou dano especÃfico. Claro que não são notÃcias particularmente boas, porque impede a sistematização dos sintomas do paciente, torna a reabilitação mais difÃcilâ€. E ‘axonal’ porque “os axónios são os cabos da célula nervosa. São cabos que conduzem os impulsos nervosos mais rápido, por isso estão cobertos por uma membrana grossa. Quando se agrupam vários axónios vê-se a matéria branca. A DAI parece danificar a matéria branca do cérebro. Isso não é muito bom, pois os cabos permitem um elevado nÃvel de processamento de informação ao ligar várias áreas cerebrais, como as visuais e auditivasâ€. O médico concluiu referindo que “eu vejo falar-te, oiço as tuas palavras, mas são as áreas de associação do cérebro que fundem as informações e integram a minha experiência de ‘tu estás a falar’. Este tipo de processo é facilmente interrompido com a DAIâ€.
Lewis Hamilton vence GP da RússiaLewis Hamilton venceu o Grande Prémio da Rússia de Fórmula 1, depois de uma corrida em que só teve oposição nos primeiros metros. Até Nico Rosberg cometer um erro, falhar a travagem e sair em frente na primeira chicane, na ânsia de passar para o comando da corrida. Com essa manobra o piloto da Mercedes danificou os seus pneus, teve que ir à boxe no final da primeira volta mudar de pneus, realizando depois uma magnÃfica corrida de recuperação, terminando no segundo lugar final, depois de realizar 52 voltas com os mesmos pneus médios montados no seu Mercedes W05. Talvez o desfecho da corrida tivesse sido exatamente o mesmo, já que Lewis Hamilton esteve perfeitamente imparável todo o fim de semana, não se atemorizou com a manobra inicial do seu companheiro de equipa e ‘meteu’ velocidade de cruzeiro para vencer o GP da Rússia, naquela que é sua nona vitória do ano, a 33ª da sua carreira na F1, deixando o seu colega de equipa a 14 segundos … Mais um pódio para Valtteri Bottas, que obteve o seu quinto pódio do ano, numa corrida em que só não teve andamento para os Mercedes. Primeiro para Hamilton e depois para Rosberg quando este lhe surgiu como uma flecha (de prata) na traseira. A Mercedes assegurou também já campeonato de Construtores. Desta forma, Lewis Hamilton lidera agora a competição com 17 pontos de avanço face a Nico Rosberg, o que está longe de ser decisivo quando estão em jogo três corridas e 100 pontos. Jenson Button registou pela terceira vez um quarto lugar este ano, enquanto Kevin Magnussen, que se qualificou em sexto, arrancou em 11º devido a uma penalização, terminou em quinto, atrás do seu companheiro de equipa. Fernando Alonso iniciou a corrida em sétimo, realizou uma boa partida, mas depois não teve andamento para os dois McLaren, mantendo no entanto Daniel Ricciardo atrás de si. Kimi Raikkonen foi nono na frente de Sergio Perez, que teve de controlar bem o consumo do motor Mercedes do seu Force India, conseguindo manter o Williams de Felipe Massa, atrás de si, depois do piloto brasileiro recuperar da 18ª posição em que partiu. Daniil Kvyat partiu de uma excelente quinta posição, mas a corrida correu-lhe muito mal, talvez por nervosismo, cometendo erros atrás de erros, na fase inicial da corrida, que terminou apenas em 14º, atrás de Jean-Eric Vergne. Todos os pilotos se alinharam na grelha antes do inÃcio da corrida, como marca de respeito ao sucedido com Jules Bianchi, num ‘filme’ já visto há 20 anos no GP do Mónaco de 1994 depois das mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger. Espera-se que desta feita seja possÃvel ao jovem Jules Bianchi recuperar do grave acidente que teve na passada semana no Japão, e se não for possÃvel voltar a correr na F1, pelo menos que possa ter uma vida normal. É, no mÃnimo, o que todos desejamos. Classificação 1º Lewis Hamilton Mercedes 1h31.50.7442º Nico Rosberg Mercedes + 13"5673º Valtteri Bottas Williams + 17"4254º Jenson Button McLaren + 30"2345º Kevin Magnussen McLaren + 53"6166º Fernando Alonso Ferrari + 60"0167º Daniel Ricciardo Red Bull + 61"8128º Sebastian Vettel Red Bull + 66"1859º Kimi Raikkonen Ferrari + 78"87710º Sergio Pérez Force India + 80"06711º Felipe Massa Williams + 80"87712º Nico Hulkenberg Force India + 81"30913º Jean-Eric Vergne Toro Rosso + 97"29514º Daniil Kvyat Toro Rosso + 1 volta15º Esteban Gutiérrez Sauber + 1 volta16º Adrian Sutil Sauber + 1 volta17º Romain Grosjean Lotus + 1 volta18º Pastor Maldonado Lotus + 1 volta19º Marcus Ericsson Caterham + 2 voltas20º Kamui Kobayashi Caterham + 32 voltas21º Max Chilton Marussia + 44 voltas Pilotos 1 Lewis Hamilton 2912 Nico Rosberg 2743 Daniel Ricciardo 1994 Valtteri Bottas 1455 Sebastian Vettel 1436 Fernando Alonso 1417 Jenson Button 948 Nico Hulkenberg 769 Felipe Massa 7110 Kevin Magnussen 4911 Sergio Perez 4712 Kimi Raikkonen 4713 Jean-Eric Vergne 2114 Romain Grosjean 815 Daniil Kvyat 816 Jules Bianchi 217 Adrian Sutil 018 Marcus Ericsson 019 Pastor Maldonado 020 Esteban Gutierrez 021 Max Chilton 022 Kamui Kobayashi 0 Construtores 1 Mercedes 5652 Red Bull/Renault 3423 Williams/Mercedes 2164 Ferrari 1885 McLaren/Mercedes 1436 Force India/Mercedes 1237 Toro Rosso/Renault 298 Lotus/Renault 89 Marussia/Ferrari 210 Sauber/Ferrari 011 Caterham/Renault 0