Motores a gasolina obrigados a ter filtros de partículasFoi hoje confirmada pela União Europeia a introdução de normas mais rígidas para avaliar as emissões dos motores a gasolina, e que vai obrigar à incorporação de um novo componente que já é utilizado em praticamente todos os automóveis a gasóleo.Os países da União Europeia anunciaram hoje a introdução de novas formas de avaliação para as emissões dos automóveis a gasolina, que passam a ser alvo de testes em estradas públicas além dos que são já realizados no ambiente controlado de laboratório. Esta é uma das soluções encontradas após a veracidade destas avaliações em espaço fechado ter sido colocada em causa, devido aos softwares utilizados nos diesel pela VW e que alteravam o comportamento dos propulsores para omitir as verdadeiras emissões durante estas provas.O novo formato vai começar a ser introduzido em todos os novos modelos que cheguem ao mercado a partir de setembro de 2017, sendo alargados a todos os veículos a gasolina um ano mais tarde. Esta foi uma derrota para os fabricantes, que esperavam que a introdução fosse adiada para 2019, e a ACEA (Associação de Fabricantes de Automóveis na Europa) já veio dizer que o tempo concedido para proceder a esta alteração é demasiado curto.Esta nova fórmula irá obrigar os fabricantes a introduzir nos seus modelos a gasolina os conhecidos filtros de partículas, que já são uma realidade para praticamente todas as viaturas movidas a gasóleo. Disso mesmo deu conta a Comissária responsável por esta área, Elzbieta Bienkowska, que explicou que “os fabricantes devem começar já a desenhar os seus automóveis para emissões de partículas mais baixas, e introduzir os filtros necessários nos carros a gasolina que são já amplamente utilizados nos diesel”. A origem desta alteração está, além da possibilidade de voltarem a surgir softwares de alteração de emissões, o facto dos novos motores a gasolina com injeção direta emitirem, segundo estudos, dez vezes mais partículas nocivas do que os propulsores das anteriores gerações.
O GPL e o ambienteÉ um combustível (mais limpo/menos sujo), mais económico e mais rentável, sendo por isso uma boa aposta para reduzir a poluição atmosférica.Diferentes testes comparativos apontam consistentemente para emissões poluentes abaixo das emissões por motores a gasolina ou gasóleo. Um teste feito pelo Millbrook Vehicle Emissions Laboratories (UK) em 1998 e 1999 revelou os seguintes dados:As emissões de um automóvel com instalação gpl quando comparadas com um automóvel a gasolina são: 75% menos emissões de monóxido de carbono (CO) 85% menos emissões de hidrocarbonetos não queimados (HC) 40% menos emissões de óxidos de azoto (NOx) 85% menos emissões de gases com potencial para criar Ozono [1] 10% menos emissões de dióxido de carbono (CO2)[1]As emissões de um automóvel com instalação gpl quando comparadas com um automóvel a gasóleo são: 90% menos emissões de partículas (PA10) 90% menos emissões de óxidos de azoto (NOx) 70% menos emissões de gases com potencial para criar Ozono 60% menos emissões de dióxido de carbono (CO2)Considerando a base de dados de aprovações de modelos do Reino Unido verificamos que no geral os veículos a gpl continuam a ser mais ecológicos no que diz respeito a emissões.Tipo Veículo NOx (g/km) Hc (g/km) Co (g/km) Particulas (g/km) CO2 (g/km)Gasolina Euro 4 0,032 0,054 0,427 --- 209,8Diesel Euro 4 0,210 0,010 0,140 0,022 156,5Gás Natural Euro 4 0,019 0,065 0,464 --- 174,5GPL Euro 4 0,025 0,039 0,531 --- 178,7Os automóveis com instalação gpl são ainda 30% mais silenciosos que os diesel e marginalmente mais silenciosos que os a gasolina.
A molécula de metano (CH4 ), principal constituinte do gás natural, têm um rácio carbono/hidrogénio inferior à de todos os demais combustíveis. A molécula de gasóleo (C12 H26 ), por exemplo, contem 12 vezes mais carbono que a de metano.