Fonte:
http://renaultportugal.tumblr.com/post/152127703596/as-est%C3%B3rias-de-6-renault-f1-que-marcaram-aOs Renault F1 que a Renault trouxe para o Circuito do Estoril seriam capazes de preencher um quarto de uma grelha de partida. Sim, nada mais, nada menos, do que seis monolugares! Modelos incontornáveis da história da F1 e que ainda hoje estão na memória de diferentes gerações. Fique a saber um pouco mais sobre cada um nas linhas que se seguem. Mas, acima de tudo, este fim-de-semana, não perca a oportunidade de os ver ao vivo e de sentir as vibrações de alguns deles em pista. Estamos à sua espera. Mais informações sobre o fim-de-semana em goo.gl/flFk9z
O Renault F1 R.S. 01No princípio dos anos 70, a “Renault Gordini”, com o suporte técnico da “Renault Moteurs” e o apoio financeiro da petrolífera Elf, lançou “um programa para um motor de alta performance” e desenvolveu um motor V6 Turbo. Um bloco que, inicialmente, é utilizado nos protótipos Renault-Alpine e, depois, na Fórmula 1.
Após a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1978 com o Renault-Alpine A 442 B, a equipa Renault Sport concentra-se totalmente na Fórmula 1. Em 1977, monta no chassis RS 01 desenvolvido pela marca, um motor sobrealimentado com metade da cilindrada dos motores atmosféricos. Apesar da desvantagem, a equipa Renault aceita o desafio e faz a sua aprendizagem em 1977 e em 1978, ano em que conquista um 4.º lugar no GP dos EUA, através de Jean-Pierre Jabouille.
Modelo no Circuito do Estoril: F1 RS 01 - 04
Ano: 1978
Motor: 6 cilindros em V turbocomprimido; 1492 cm3 – 525 cv; às 10 500 rpm
Transmissão: Às rodas traseiras e Caixa de 5 velocidades + MA
Travões: Discos ventilados nas quatro rodas
Dimensões: Comprimento: 4,50 m e Largura: 2,00 m
Peso: 600 kg
Velocidade máxima: +/- 300 km/h
O Renault F1 RS 14O dia 16 de julho de 1977 não foi apenas o da estreia oficial da Renault na F1, mas também a de um motor turbo. Mas dois anos depois desse acontecimento histórico, no GP da Grã-Bretanha (Silverstone), a rendição até dos mais céticos…
A 1 de julho de 1979, no GP de França, disputado no circuito de Dijon, Jean-Pierre Jabouille, a bordo do RS 11, faz a “pole position” e ganha a corrida. Enquanto isso, o seu companheiro de equipa, René Arnoux, num RS 12, obtém o recorde da volta e conquista o terceiro lugar, depois de um dos mais notáveis e memoráveis duelos da história da F1 com o Ferrari de Gilles Villeneuve.
É a primeira vez que um construtor generalista se impõe aos construtores especializados em monolugares de competição.
Modelo em exposição no Circuito do Estoril: RS 14
Ano: 1979
Motor: 6 cilindros em V em posição central e 1492 cm3 - 520 cv
Transmissão: Às rodas traseiras, com Caixa de 5 velocidades + MA
Travões: Discos ventilados nas quatro rodas
Dimensões: Comprimento: 4,70 m e Largura: 2,23 m
Peso: 560 kg
Velocidade máxima: 310 km/h
O Renault RE 27BNo início da época de 1981, René Arnoux e, o seu novo companheiro de equipa Alain Prost, têm de recorrer ao "RE 20B". O “RE 30” está em fase de desenvolvimento na fábrica da Renault Sport de Viry-Châtillon e só estará disponível a partir do Grande Prémio da Bélgica.
Mas no GP da Argentina, terceira prova do calendário, a Renault resolve colocar à disposição de René Arnoux, um modelo intermédio: o Renault F11 RE 27B. Na qualificação, o francês conquista o 5º melhor tempo e, na corrida, conquista posição idêntica. Enquanto isso, o jovem colega de equipa, Alain Prost, sobe ao pódio pela primeira vez!
Um excelente desempenho para os monolugares amarelos e pretos equipados com “saias fixas”.
Modelo em exposição no Circuito do Estoril: RE 27B
Ano: 1981
Motor: Renault Gordini EF1; 6 cilindros em V - 4 válvulas por cilindro; Sobrealimentado por 2 compressores, com 1492 cm3 e 520 cv às 10 500 rpm
Transmissão: Caixa de 5 relações + MA
Travões: Discos ventilados nas quatro rodas
Dimensões: Comprimento: 4,80 m; Largura: 2,23 m
Peso: 560 kg
Velocidade máxima: + de 300 km/h
O Renault F1 RE 40Com o RE40, a Renault nunca esteve tão perto da vitória no Campeonato do Mundo de F1 e, 1983, continua a ser para a marca a melhor temporada dos anos turbo.
Depois da estreia em 1977, o revolucionário e inovador motor Renault Turbo foi evoluindo, assim como o chassis. A vitória de Jean-Pierre Jabouille no GP de França de 1979 confirmou a incontestável solidez da tecnologia turbo nos motores.
Em 1983, o RE 40 é o primeiro Renault F1 com estrutura em material compósito e com motor de injeção de água. Um monolugar simultaneamente belo e eficaz.
Ao volante deste monolugar, Alain Prost soma quatro vitórias e ainda sobe ao pódio em mais três ocasiões. A Renault luta pelo título mundial, mas acaba por deixá-lo fugir por um fio… Paralelamente, a Renault torna-se fornecedora de motores, equipando, com o seu V6 turbo, a famosa equipa Lotus.
Modelo em exposição: F1 RE 40
Ano: 1983
Motor: 6 cilindros em V, 1492 cm3, 750 cv
Transmissão: Às rodas traseiras, com Caixa de 5 velocidades
Dimensões: Comprimento: 4,40 m; Largura: 2,14 m
Peso: 595 kg
Velocidade máxima: + de 300 km/h
O Renault F1 RE 60Para a temporada 1985 da F1, o novo motor tipo EF 15, que alia performance e consumos reduzidos, equipa os novos chassis, tipo RE 60, concebidos em Viry-Châtillon.
Para multiplicar as possibilidades de vitória e receber os financiamentos necessários aos dispendiosos desenvolvimentos do motor turbo, foram assinados acordos com outras equipas, particularmente com a equipa Lotus que contrata o prodígio Ayrton Senna para correr ao lado do rápido italiano Elio de Angelis.
No final da temporada, enquanto os pilotos da Renault, Patrick Tambay e Derek Warwick, tiveram de se contentar com alguns lugares de honra, Ayrton Senna conquistou duas vitórias nos GP de Portugal e da Bélgica e conquistou a “pole position” por sete vezes!
Piloto revelação do ano, Ayrton Senna, termina o Campeonato do Mundo em 4.º lugar.
Modelo em exposição: Renault F1 RE60
Ano: 1985
Motor: V6 turbocomprimido; 1492 cm3 - 700 cv
Transmissão: Às rodas traseiras, com Caixa de 6 velocidades + MA
Travões: Discos de carbono ventilados nas quatro rodas
Dimensões: Comprimento: 4,40 m; Largura: 2,14 m
Peso: 520 kg
Velocidade máxima: + 300 km/h
O Renault R26Em 2006, a Renault tem como meta reeditar as proezas de Fernando Alonso e do seu Renault F1 R25 em 2005, com um novo regulamento que exigia a utilização de um motor V8.
Na temporada de 2006, a equipa “Renault F1“, comandada por Flavio Briatore, tinha como pilotos o espanhol Fernando Alonso, Campeão do Mundo em título, e o italiano Giancarlo Fisichella. O início da temporada foi magnífico para a Renault: Alonso obteve 6 vitórias, 3 segundos lugares e 5 “pole positions”, enquanto Fisichella, por seu lado, conquistou 1 vitória, 1 terceiro lugar e 1 pole position.
Michael Schumacher e a Ferrari mantiveram-se firmes e a luta pelo título foi renhida. Mas com mais 1 vitória e 4 segundos lugares no seu palmarés, Alonso venceu em toda a linha, conquistando para si o título de pilotos e para a Renault o título de construtores. Giancarlo Fisichella, por sua vez, conquistou o quarto lugar no Campeonato do Mundo de Pilotos. Com este fantástico resultado, a Renault pôde, legitimamente, afirmar estar no "top of the World of F1”.
Modelo em exposição no Circuito do Estoril: Renault R26
Ano: 2006
Motor: Renault RS26, V8 em posição central, 2400 cm3, 800 cv
Transmissão: Às rodas traseiras, com Caixa semiautomática, 7 relações
Dimensões: Comprimento: 4,80 m; Largura: 1,80 m
Peso: 610 kg
Velocidade máxima: + de 300 km/h