Autor Tópico: A escolha de Pneus Desportivos exige mais critério que se imagina  (Lida 5717 vezes)

Offline laguna1994

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A escolha de Pneus Desportivos exige mais critério que se imagina

Com a onda Tunning, os Pneus ganharam status de acessório. Passaram a ser adquiridos em função da beleza do desenho dos sulcos, complementando a aparência do veículo. Mas um bom pneu não pode apenas ser bonito. Tem que garantir um comportamento dinâmico condizente com o aspecto visual. Para tanto, recebem reforços na carcaça interna e fazem uso de novos compostos de borracha, tudo isso para acompanhar o desenvolvimento dos motores.

O perfil rebaixado é a principal característica, pois reduz a inclinação da carroceria em curvas, acentuando o caráter desportivo do veículo. Em contrapartida, a suspensão torna-se áspera pela reduzida capacidade de absorção de impactos, afetando o conforto.

Até concordo que o conforto torna-se um item secundário quando se quer obter mais desempenho. Mas, um fato que não podemos desprezar é que pneus mais largos e de perfil mais baixo tendem a acompanhar as irregularidades do solo, dificultando a condução, exigindo mais “braço” por parte do condutor. Além do que, por serem mais largos, os pneus desportivos estão mais sujeitos a aquaplanagem, aumentando a exposição do carro à deriva. O que, no meu entendimento, é o principal fator de risco, já que para uso urbano, não há opção de escolha entre pneus de chuva ou pista seca como nas corridas.

Há quem diga ainda que pneus desportivos aumentam o consumo por serem mais largos. Isso não é bem verdade. O que ocorre nesse caso é o aumento da resistência ao rolamento. Explicando melhor, quanto mais largo o pneu, maior será o seu peso, e consequentemente, maior será a potencia consumida pelo motor girá-lo. Daí o aumento expressivo do consumo.

E para finalizar, não podemos nos esquecer de respeitar o diâmetro total do conjunto pneu/roda original. Quando extrapolamos essa medida somos punidos com perda da capacidade de aceleração e redução da velocidade final.
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Offline Artur

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Re: A escolha de Pneus Desportivos exige mais critério que se imagina
« Responder #1 em: 30 de Outubro de 2009, 20:32 pm »
por norma , é dificil conciliar tudo . conforto e alto desempenho é muito complicado . para as vezes se ter uma coisa , é necessario abdicar de outras

Offline laguna1994

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Re: A escolha de Pneus Desportivos exige mais critério que se imagina
« Responder #2 em: 03 de Novembro de 2009, 15:58 pm »
A cena entrou para a história do automóvel: junho de 2005, após a largada do Grande Prêmio de Indianápolis, 14 dos 20 carros que disputariam a prova retornam aos boxes e dali não mais sairiam. Atendiam ao chamado da Michelin, fornecedora de pneus, que após estudos comprovara o que os acidentes acontecidos na véspera sinalizavam. Os compostos que havia levado aos EUA apresentavam uma deficiência crônica que colocava em risco carros e pilotos.

A Fórmula 1 é um sofisticado laboratório automobilístico. Nesse esporte de ponta são desenvolvidas tecnologias que mais tarde chegam aos veículos de rua. E se os pneus têm tamanha importância para a F1, na vida do motorista comum não é diferente. Responsáveis pelo contato direto do veículo com o solo, afetam a segurança, o desempenho e até o conforto ao dirigir.

Mas, embora sejam fundamentais em qualquer veículo, os pneus têm manutenção relativamente simples. Carecem apenas de disciplina e que se respeitem algumas características. Para começar, vale explicar algumas particularidades desse componente tão importante.

Todo veículo tem conjunto de rodas e pneus especificado pela fábrica. Atendem características projetadas pela engenharia, que engloba aqueles três aspectos: segurança, desempenho e conforto. Essas especificações estão no manual do veículo e devem ser obedecidas sempre que for necessário substituir um pneu. Este deverá ter as mesmas medidas dos outros que estão no carro, ou, caso se substitua todos os quatro, deverão seguir o que manda o manual.

Por falar em medidas, aqueles números na lateral do pneu têm significado simples de entender. Tomemos como exemplo os pneus do VW Golf 1.6 Sportline 2008. São fabricados pela Bridgestone e em suas laterais se lê: 205/55 R16 90 V.

O primeiro número, 205, indica a largura do pneu, em milímetros. O segundo (55) indica a série ou perfil do pneu, que nada mais é do que um porcentual da largura. Ou seja, aquele pneu tem de altura 55% da largura (112,75 mm). Quanto menor esse número, mais baixo é o pneu – e vice-versa. O “R” significa ser este um pneu de formação radial (o outro tipo é diagonal). O terceiro número, 16, indica seu diâmetro interno em polegadas. O “90” indica o índice de carga máxima que o pneu pode suportar – neste caso, 600 kg sobre cada pneu.

Finalmente, o “V” é o símbolo de velocidade. Os pneus são projetados para rodar até determinadas velocidades, sem comprometer aqueles três aspectos. Acima desse limite sua estrutura pode sofrer alterações e há riscos de um acidente. Os códigos são:

Símbolo Velocidade máxima
N 140 km/h
P 150 km/h
Q 160 km/h
R 170 km/h
S 180 km/h
T 190 km/h
U 200 km/h
H 210 km/h
V 240 km/h
W 270 km/h
Y 300 km/h
Z Acima de 240 km/h

Portanto, o pneu do Golf de exemplo é bom para até 240 km/h (código V).

Além de obedecer a indicação que consta no manual do veículo, é importante que nunca se coloque no carro pneus de desenhos diferentes, embora com medidas idênticas. Pneus para uso misto (lama e asfalto) ou em lama apenas não devem conviver com aqueles para uso comum em asfalto. Isso afetará os três pontos: segurança, desempenho e conforto, com mais vibração ao rodar, frenagem alterada e menor estabilidade.

Utilizar pneus maiores ou menores do que o recomendado também é prática não-recomendada. É comum ver nas ruas carros pequenos, vários deles com motor de 1 litro de cilindrada, calçando pneus grandes. Certamente um modelo com pneus conforme os padrões de fábrica terá melhor desempenho em aceleração e velocidade final do que aquele metido a grandalhão – que terá maior arrasto aerodinâmico e deverá fazer maior esforço para romper o ar à frente. Esse maior esforço também significa consumo elevado.

Sob pressão
A pressão de ar é o cuidado mais simples, porém é o que mais afeta o desgaste do pneu. Por conseqüência, compromete sua vida útil e impactará num quarto ponto: economia. Confira a pressão uma vez por semana, ou no máximo a cada quinze dias – e, essencialmente, sempre antes de efetuar viagem. Importante: os pneus devem estar frios (ou terem rodado no máximo 1,6 km). O manual do veículo traz os valores corretos de pressão, de acordo com a especificação do pneu e a carga do veículo. As conseqüências de pressão irregular são:

Pressão baixa
Pneu com baixa pressão tem sua área de contato com o solo alterada, provocando desgaste acelerado e irregular da banda de rodagem e dos “ombros”. Isso reduz sua durabilidade e aumenta o consumo de combustível. Outras conseqüências que podem vir da baixa pressão: superaquecimento, quebras e separações dos componentes estruturais do pneu.

Pressão alta
Também altera a área de contato do pneu com o solo, ocasionando desgaste acelerado no centro da banda de rodagem e reduzindo a durabilidade do pneu. Devido ao supertensionamento da carcaça, o pneu fica mais suscetível a cortes e impactos. Pressão alta reduz o conforto ao dirigir (carro vibra mais com irregularidades do solo).

Lembre-se de manter o estepe calibrado e em ordem para rodar, caso necessário.

Há um índice que indica a hora de substituir os pneus. De acordo com essa regra, devem ser substituídos quando os sulcos (ranhuras na banda de rodagem) chegarem a 1,6 mm de altura. Para saber facilmente essa hora de trocar, há nas laterais dos pneus pequenos triângulos indicadores de desgaste.

Mas esse limite, apesar de estar na lei, não é o mais indicado. Melhor é ser prudente e efetuar a substituição um pouco antes. Quanto mais desgastado, ainda que dentro da lei, o pneu perde aderência e pode ser potencialmente perigoso sob chuva forte, por exemplo.

E fique atento a bolhas nas laterais dos pneus. Ao passar por um buraco, a pancada pode ser forte o bastante para comprometer os “ombros” do pneu e formar uma bolha. Caso esse fenômeno seja observado, substitua o pneu assim que possível. Bolhas podem estourar numa curva em alta velocidade, com conseqüências nada agradáveis. :wink:
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