Autor Tópico: "Politica nacional"  (Lida 102321 vezes)

Offline MaNeL

  • Initiale Paris
  • 1.6 DCi Bi-Turbo
  • *
  • Localidade: Viana do Castelo
  • Mensagens: 2658
  • Garagem : Clio E7F 94 - Clio mk3 dci 70cv - Laguna 2.0dci 07
Re: "Politica nacional"
« Responder #345 em: 03 de Fevereiro de 2016, 09:58 am »
A questão é que as 35h deveriam ser as regalias e não a regra, principalmente no estado

Offline Kovinha

  • 1.6 DCi Bi-Turbo
  • *
  • Localidade: Porto
  • Mensagens: 3571
  • Garagem : Peugeot 308 1.6HDi 120cv Allure
Re: "Politica nacional"
« Responder #346 em: 03 de Fevereiro de 2016, 12:06 pm »
Regalia porque?! Nos paises desenvolvidos e endinheirados trabalhasse 35h e até menos e as coisas funcionam e bem...

Offline Sls a GPL

  • Moderadores
  • 1.6 V6 Turbo Energy F1
  • *
  • Utilizador: sls
  • Mensagens: 14602
  • Garagem : Renault Clio II 1.2 16v, Renault Scenic RX4 2.0 16V
Re: "Politica nacional"
« Responder #347 em: 03 de Fevereiro de 2016, 12:11 pm »
A questão é mesmo as regalias, é que o sector publico tem mais regalias que o privado, sendo essas regalias um custo acrescido para todos, na minha opinião deveria haver igualdade para todos, quer privados, quer públicos.

Offline predas

  • 1.5 DCi
  • *
  • Localidade: Lisboa
  • Mensagens: 599
Re: "Politica nacional"
« Responder #348 em: 03 de Fevereiro de 2016, 12:18 pm »
Será que tem?

Por exemplo:
Um técnico superior no publico leva 1100 ou 1200 euros para casa ao fim de não sei quantos anos de carreira. No privado leva bem mais que isso
Um gestor de topo no publico leva, no máximo, o salário do PR ou do PM. Quanto ganha um gestor de topo no privado?
Há pros e contras em cada um dos sectores, mas tomar o sector publico como um mar de rosas é errado.
Eu, por exemplo, não quereria trabalhar no público.
« Última modificação: 03 de Fevereiro de 2016, 20:24 pm por GIFS »

Offline MaNeL

  • Initiale Paris
  • 1.6 DCi Bi-Turbo
  • *
  • Localidade: Viana do Castelo
  • Mensagens: 2658
  • Garagem : Clio E7F 94 - Clio mk3 dci 70cv - Laguna 2.0dci 07
Re: "Politica nacional"
« Responder #349 em: 03 de Fevereiro de 2016, 12:44 pm »
predas, a questão é que se calhar só 5% dos trabalhadores do privado é que tem essas "sortes" enquanto que no publico todos tem as regalias...

kovinha, nos estamos a falar de Portugal e não dos outros países. Se aqui o horário máximo é de 40H tudo o que seja abaixo disso é regalia, certo?

Offline predas

  • 1.5 DCi
  • *
  • Localidade: Lisboa
  • Mensagens: 599
Re: "Politica nacional"
« Responder #350 em: 03 de Fevereiro de 2016, 13:22 pm »
será que são so 5%?

Dou-te outro exemplo. Sabias que na FP ha pessoas a ganhar abaixo do salário mínimo? Quando o salário mínimo foi aumentado há 4 anos, essas pessoas tinham as carreiras congeladas e nunca viram os vencimentos ser actualizados

Mais: Sabias que, por exemplo, no AKI, ninguém recebe o salário mínimo? Um funcionário dificilmente leva para casa menos de 700 euros por mês (logo quando entra)

Sabias que a Delta Cafés paga cerca de 20% acima da media nacional?

Sabias que os motoristas da Barraqueiro recebem mais que os da Carris?

Na área em que estou inserido profissionalmente (TI), praticamente qualquer um de nós, prestadores de serviços, recebe mais que os clientes do sector publico com que trabalhamos...

Um caixa de supermercado, por exemplo....Essa função é equiparada à de um assistente operacional no publico. O caixa de supermercado ganha o mesmo ou mais que o AO publico...

Medicos...porque motivo todos querem trabalhar no privado? Sabes quanto ganha um medico no publico?

Podia dar mais umas dezenas de exemplos...



Offline Apocallypse

  • 0.9 TCe
  • *
  • Localidade: Loures
  • Mensagens: 293
  • Garagem : Renault Megane Break II
Re: "Politica nacional"
« Responder #351 em: 03 de Fevereiro de 2016, 15:43 pm »
Já agora:

Sabias que no privado só levas aumento de ordenado em 3 situações?
- 1ª - Se o ordenado mínimo nacional for aumentado
- 2ª - Se o patrão assim o entender
- 3ª - Se existir algum contracto colectivo de trabalho negociado entre os representantes dos sectores privados (Ex.: AECOPS) e o Estado, para determinar os valores mínimos para cada categoria profissional, bem como os requisitos mínimos para serem atingidas (Ex.: escolaridade, experiência profissional)

Sabias que na função pública, todos os anos, os ordenados eram automaticamente aumentados consoante a inflação?

Sabias que na função pública não se pode ser despedido?

Sabias que na função pública têm direito (ou tinham) a tolerância de ponto cada vez que um feriado calha(va) numa terça ou quinta-feira, enquanto que no privado ou trabalhas ou gastas dias de férias?

Sabias que na função pública, mês sim mês não fazem greve, prejudicando milhares de trabalhadores do sector privado? É que no sector privado, se fazes greve, à primeira oportunidade metem-te um par de patins! Além disso, ainda conseguem prejudicar muitos trabalhadores jovens da função pública que precisam de trabalhar, mas como os "mais velhos" já estão bem orientados ainda lhes fazem a vida negra e chamam-lhes de "fura greves" e outras coisas mais... ou seja, quem quer trabalhar e ajudar o país, ainda leva por cima graças aos "velhos" que deviam dar o exemplo!

Sabias que no sector privado, hoje estás a trabalhar e amanhã podes estar na rua, independentemente de receberes ou não uma indemnização? Muita sorte têm aqueles que a recebem, porque por vezes têm de ir para tribunal e ainda assim não é garantido que recebam!

Sabias que no sector privado não há "progressão de carreira automática"? Ou tens estudos que te permitam progredir (ou uma cunha em 90% dos casos) ou, caso contrário, não chegas a lado nenhum!

No sector privado, hipoteticamente, pode-se conseguir melhores vencimentos... no entanto não é a regra, e a maioria ganha o salário mínimo nacional ou até menos!

E outra coisa: não queiras comparar os ordenados dos médicos do privado e do público, sabes porquê? Porque o anterior governo queria acabar com as diferenças, queria uma tabela salarial uniforme para todos, queria que as regras fossem iguais para todos (como o caso dos descontos para a Segurança Social) mas os sindicatos foram contra, a queixarem-se que o sector público ia perder qualidade, que iam perder regalias, etc...
« Última modificação: 03 de Fevereiro de 2016, 15:50 pm por Apocallypse »

Offline predas

  • 1.5 DCi
  • *
  • Localidade: Lisboa
  • Mensagens: 599
Re: "Politica nacional"
« Responder #352 em: 03 de Fevereiro de 2016, 18:12 pm »
Ora então:

Sobre os aumentos, posso-te dizer que fui aumentado em todas as empresas onde estive. Não era uma progressão automática, mas sempre fui aumentado ao final de pouco tempo de estar nas empresas...

Na FP, ha 5 ou 6 anos que não há aumentos...

Podes ser despedido na FP tal como no privado. As regras são iguais...despedimento com justa causa, extinção de posto de trabalho, etc, etc...

As tolerâncias de ponto eram decididas a nivel central ou local e caso a caso. Nunca foram uma regra....acho que estás a exagerar

Quanto às greves, é um direito que assiste os trabalhadores e é triste que no privado não se façam por medo. Eu não sou a favor da greve, acho que é ineficaz, mas é a unica forma legal de reivindicar seja o que for. Eu, por exemplo, defendo que devia estar contemplada na constituição a possibilidade de dar um par de estalos ao PM em vez do direito à greve

Na FP cada vez tens mais casos de pessoas que podem ser corridas a qualquer momento sem verem um tostão. A FP tem, neste momento, a maior quantidade de trabalhadores a recibos verdes. Muitos...e conheco alguns...ha quase 10 anos a recibo verde. Todos eles com posto de trabalho, função definida, etc. Se fossem corridos, até há bem pouco tempo, nem a subs de desemprego tinham direito

Há pros e contras de ambos os lados...claro que há

Se me perguntares se queria ir para o publico? Não, nao queria. E cada vez sei de mais pessoas do publico que adoravam passar para o privado

Se tudo fosse o mar de rosas que dizes, não achas que toda a gente sonharia com uma carreira na FP? Porque será que isso não acontece?

Offline Apocallypse

  • 0.9 TCe
  • *
  • Localidade: Loures
  • Mensagens: 293
  • Garagem : Renault Megane Break II
Re: "Politica nacional"
« Responder #353 em: 04 de Fevereiro de 2016, 10:57 am »
Estás enganado, eu nunca disse que é um mar de rosas... o problema é que a maioria de quem lá trabalha quer o melhor do privado e do público... mas nunca ouves os sindicatos a reivindicar seja o que for para os privados, por exemplo, as 35 horas máximas de trabalho!
E quanto a ser-se despedido da função pública, não é bem como pensas... apenas alguns podem ser despedidos, mas a maioria não pode e passo a explicar: de acordo com a lei, trabalhadores que estejam na função pública desde antes de 2009 não podem ser despedidos... os que entraram depois de 2009 podem, eventualmente, ser despedidos depois de passarem pelo regime de mobilidade e não serem novamente colocados! É por esta razão que muita gente não quer, agora, ir para a FP, porque como se acabou o "emprego seguro até à reforma", preferem ir para o privado ganhar mais... é natural, mas continua a ser mais seguro ir para a FP! Trabalhar a recibos verdes, tanto há na FP como há nos privados, isso não é exemplo!
No sector privado podes ser despedido com ou sem justa causa, por despedimento colectivo, por extinção do posto de trabalho... é um bocado diferente da FP, não é?
Fico contente que os teus patrões te dêem aumentos, é bom sinal... é sinal que os negócios correm bem e que não guardam os lucros todos só para eles! Tomara que o meu fosse assim, mas infelizmente não é... tal como a maioria dos patrões em Portugal!
Na FP não há aumentos há 5 ou 6 anos, mas isso não quer dizer que nos privados hajam mesmo que o possam fazer, entendes a diferença? E enquanto que no Estado, antes eram sempre actualizados, no privado isso nunca aconteceu... tanto podes ter aumento, como podes não ter!
Quanto à questão dos feriados, não estou a exagerar, sabes porquê? Porque antes da Troika, os Governos decidiam que havia tolerância de ponto para toda a FP e ninguém se queixava, mas com a Troika o Governo tentou acabar com as tolerâncias de ponto... mas apareceu novamente o Tribunal Constitucional que disse assim: o Governo não pode intervir nas decisões das Autarquias, pois viola a lei da autonomia local! Por isso referes, e bem, que é a nível local que decidem se fazem ou não tolerância de ponto... adivinha o que acontece? Praticamente todas (ou todas mesmo) dão tolerância de ponto quando os feriados calham às terças ou quintas!
Quanto ao direito à greve, também tenho a mesma opinião, é um meio de luta pelos direitos dos trabalhadores, mas... a velha máxima de que por tudo e por nada se faça uma greve, não sou a favor! Aliás, por cada dia de greve, milhões de euros se perdem na economia, mais se afunda o país! Sou a favor da greve quando há um objectivo concreto e comum para toda a gente e quem quer fazer faz, quem não quer não faz... não sou a favor que por causa de regalias que são só de alguns, todos tenhamos de ser prejudicados!
 
Também sou a favor de dar umas lambadas nuns quantos que estão ou estiveram na AR, mas se em Portugal se fez uma revolução com cravos...

Offline predas

  • 1.5 DCi
  • *
  • Localidade: Lisboa
  • Mensagens: 599
Re: "Politica nacional"
« Responder #354 em: 04 de Fevereiro de 2016, 11:42 am »
Sabes que despedir um gajo no privado também é complicado! E na FP há despedimentos sim, já assisti a isso. Não sei a que lei te referes, mas acho estranho que assim seja...

Se amanhã o meu empregador me quiser despedir e eu não estiver prai virado, ou o faz com justa causa e apresenta provas concretas ou extingue posto de trabalho (aí, tinha que me mandar embora a mim e mais 10)
Em sede de tribunal de trabalho, num litígio entre empregado e empregador, 90% das vezes, o empregado sai a ganhar. Seja no privado ou no publico

Referiste que no privado não há aumentos porque os patrões não querem. Achas que isto devia então ser a bitola nacional? Como uns não são aumentados, ninguém deve sê-lo, é isso?

É como comecei por dizer, a mim deixava-me contente que todos tivéssemos os mesmos direitos e deveres.
Não almejo a quem quem está melhor, desça de nível para ficar como eu. Tenho a abordagem inversa...quero ser eu a chegar ao nível de quem está melhor que eu.

Epah e sim, há uma cena muita chata que se chama "constituição". Eu sei que o PSD e o CDS preferiam acabar com ela, mas, por enquanto, ainda é essa senhora que dita a lei!

Offline Apocallypse

  • 0.9 TCe
  • *
  • Localidade: Loures
  • Mensagens: 293
  • Garagem : Renault Megane Break II
Re: "Politica nacional"
« Responder #355 em: 04 de Fevereiro de 2016, 13:03 pm »
A lei a que me refiro, em relação a não poder haver despedimentos da FP, é a mesma que o Tribunal Constitucional usou para recusar a introdução da lei da requalificação na FP. Tens aqui abaixo um link, onde podes ler sobre isso:
http://www.smmp.pt/?p=24440

E eu nunca disse que não se deve ser aumentado e muito menos que devemos regular todos por baixo... o que eu disse é que isso não é a regra e que, apesar de se ganhar mais dinheiro no sector privado, não quer dizer que não haja mais segurança no trabalho na FP, bem como outras regalias que os privados não têm nem nunca tiveram!
E quanto a ser-se despedido, podes ser despedido unilateralmente, com extinção do posto de trabalho, sem que os teus colegas sejam afectados com isso, sabes como? Simples: basta que eles sejam integrados noutro departamento da empresa, mesmo que fiquem a fazer o mesmo trabalho que faziam! E sabes outra maneira de se ser despedido de um dia para o outro? Através de um meio, muito utilizado nos últimos anos, que é o seguinte: despedimento colectivo por motivo de reorganização da empresa devido à dificuldade num determinado sector económico... por exemplo, a construção! E atenção, neste caso específico, eu sei do que estou a falar, porque estou no meio! E quanto à questão de se ir para o tribunal, normalmente, nestes casos não há volta a dar, porque as empresas podem fazê-lo... no caso de tentativa de despedimento sem qualquer razão, seja justa causa ou outra, podes ir para tribunal e até podes ganhar, mas o problema vem depois... há empresas/patrões que têm condições para pagar as indemnizações, mas há muitos que não têm nada em nome deles, pelo que acabam por não pagar (e isto aconteceu a um colega meu, mesmo depois de ter ganho em tribunal)!
Eu sou o primeiro a dizer que trabalhar na FP e no sector privado deve ser igual, mas com as devidas cautelas... no entanto, a Constituição não o permite, porque, quer queiramos quer não, há algumas coisas que já estão desactualizadas em relação aos tempos em que vivemos... um exemplo simples: quando a Constituição foi criada, Portugal não fazia parte da UE, o que quer dizer que a realidade do país mudou e há algumas coisas que têm de mudar e não é possível, porque a Constituição não deixa!

Mas sabes o que me revolta mais? É que aqueles senhores que vestem ou vestiram de "verde camuflado" só se mexem quando lhes querem ir ao bolso, como aconteceu em 2011 que até os reformados das forças armadas faziam reuniões e ameaçaram vir para a rua fazer manifestações... porque será? Há muita coisa mal neste país, porque há demasiados interesses e quando se quer mudar, há sempre alguém que mete um travão!
Mas esquecem-se que quando foram para lá, cada um deles (individualmente) fez um juramento que é assim:
JURO,
COMO PORTUGUÊS E COMO MILITAR,
SERVIR AS FORÇAS ARMADAS,
GUARDAR E FAZER GUARDAR,
A CONSTITUIÇÃO E AS LEIS DA REPÚBLICA.
JURO,
DEFENDER A MINHA PÃTRIA,
E ESTAR SEMPRE PRONTO A LUTAR,
PELA SUA LIBERDADE E INDEPENDÊNCIA,
MESMO COM O SACRIFÃCIO DA PRÓPRIA VIDA.

Mas tal como disse antes: a partir do momento que se fez uma revolução com cravos, está explicado!
Coitado do D. Afonso Henriques que andou à porrada com a mãe para isto... mas lá está, andou à porrada, mas conseguiu mudar alguma coisa, tornou-nos independentes!
Infelizmente, agora, de independentes não temos nada...

Offline Sls a GPL

  • Moderadores
  • 1.6 V6 Turbo Energy F1
  • *
  • Utilizador: sls
  • Mensagens: 14602
  • Garagem : Renault Clio II 1.2 16v, Renault Scenic RX4 2.0 16V
Re: "Politica nacional"
« Responder #356 em: 04 de Fevereiro de 2016, 13:27 pm »
A malta esquece-se que a primeira vez que apareceram as 35 horas na função publica, não foi uma regalia, mas sim uma forma do estado aumentar os funcionários sem aumentar a despesa, ou seja, pagava o mesmo por menos horas de trabalho, o que na pratica é equivalente a um aumento.
Mas nessa altura havia excedente de pessoal, o que permitia fazer uma organização nos horários e o problema ficava resolvido.
Com a necessidade de reduzir despesa foi reduzido o numero de trabalhadores como temos visto nestes anos que passaram.
Entretanto com a troica, as necessidades de redução de despesa foram tais que houve a necessidade de reduzir ainda mais pessoal e para isso foi necessário aumentar novamente o horário de trabalho para colmatar  o horário necessário de expediente.

Actualmente esta redução de horário, tendo em conta o panorama laboral do estado é um absurdo, pois neste momento não há efectivos como havia antigamente, e para se manter o mesmo nível actual de produtividade, vai ser bastante complicado, por isso, neste momento esta medida, considero uma regalia.

Quando ao que foi dito em relação Às greves, na minha opinião as greves deviam prejudicar as entidades patronais e não os trabalhadores, mas isto sou eu que não gosto de ser prejudicado  :laugh: :laugh:

Ora vejamos, por cada dia de greve o trabalhador é descontado no vencimento e perde dias de ferias se não me engano, e  concordo plenamente que assim seja, pois deixaram de trabalhar.
No entanto a entidade patronal poupa bastante dinheiro em salários, em custos operacionais, etc (depende dos sectores evidentemente), o prejuiso no caso das industrias devido a atrasos de entrega, ou falhas na produção poderão ser alguns, mas também é raro ver greves deste tipo.
Nos transportes é que é mais comum, mas as empresas queixa-se mas não tem custos operacionais nem com os trabalhadores, e já tem o dinheiro dos passes dos clientes, e nestes casos o trabalhador sai mais prejudicado que a entidade empregadora.
Como já aconteceu no passado, haver greve nos transportes, mas os transportes circularam na mesma mas não foram cobrados bilhetes, e neste caso ai sim a entidade empregadora sofreu mais e por sua vez fez com que cedesse aos pedidos dos trabalhadores.

Xmarine

  • Visitante
Re: "Politica nacional"
« Responder #357 em: 06 de Fevereiro de 2016, 00:09 am »
PONTO DE SITUAÇÃO: Resumo das principais medidas do OE

Fica claro que este Orçamento, é mesmo um virar de página na "austeridade", e que coloca mais rendimento disponível nas mãos do povo português.

Senão vejamos!!!,Exceptuando o:
1) aumento do imposto de selo sobre comissões cobradas aos comerciantes
2) o aumento do imposto cobrado aos sócios de uma empresa sob título de remuneração de suprimentos (que resultam de empréstimos dos sócios à própria empresa)
3) o aumento do imposto de selo agravado para crédito ao consumo.
4) o aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos.
5) o aumento do imposto sobre o tabaco.
6) o aumento do imposto sobre as bebidas alcoolicas
7) o aumento do imposto sobre veículos.
8) o aumento da contribuição sobre o sector bancário, que irão agravar os custos cobrados aos clientes.
9) o aumento dos impostos sobre transportes de produtos agrícolas.
10) o aumento de impostos sobre os alugueres de máquinas e equipamentos agrícolas.
11) o aumento do IRS para os casais com filhos.
12) o aumentos de impostos sobre os pães de leite e pão de tostas.
13) o aumentos do Imposto de Circulação.
14) o aumento do IMI para todos os imóveis que estejam a ser utilizados para industria, comércio e serviços.
15) o aumento dos custos salariais para as empresas.
16) o aumento dos custos de produção com os 4 feriados adicionais.
17) o prejuízo na economia de quase 3 mil milhões de euros que irão custar esses 4 feriados adicionais.
18) o bloqueio da promessa da redução da TSU para salários até 600 euros.
19) o bloqueio do processo da redução do IRC.
20) os aumentos dos juros da dívida pública que anteriormente, no prazo a 10 anos andavam nos 2% e agora já passaram os 3% (um agravamento de 50% em menos de 2 meses).
21) o aumento dos impostos sobre viaturas eléctricas.
22) os aumentos dos custos com horas extraordinárias no sector público.
23) os vergonhosos aumentos inferiores à inflação de 0,4% nas pensões mais baixas, (logo os pensionistas mais pobres irão ter uma diminuição do valor real da pensão).
24) o aumento da factura dos juros do país, a pagar sobre mais 25 mil milhões da dívida pública para os próximos em 4 anos.

tirando para já todos estes aumentos, fica claro que de facto este orçamento, acabou de vez com a austeridade.

E todos estes aumentos e impostos para quê? Para termos todos que pagar os aumentos dos salários dos funcionários públicos que ganham acima de 1500 euros mensais, para pagarmos a redução do seus horário semanal de trabalho para 35 horas, e para pagarmos a eliminação da CES sobre as pensões acima dos 4 mil euros mensais, e para pagarmos a entrega do sector dos transportes públicos, novamente aos sindicatos da CGTP e ao PCP.

E eis claramente e objectivamente, o que é o OE para 2016.

Offline Sls a GPL

  • Moderadores
  • 1.6 V6 Turbo Energy F1
  • *
  • Utilizador: sls
  • Mensagens: 14602
  • Garagem : Renault Clio II 1.2 16v, Renault Scenic RX4 2.0 16V
Re: Galeria dos Horrores
« Responder #358 em: 06 de Fevereiro de 2016, 03:07 am »
Vou ficar ansioso para ver a cara daqueles que dizem agora que uma solução de esquerda, diga-se a actual, é melhor que a solução de direita que estava no governo. Quando esta solução de esquerda cair e fizer asneira da grossa quero ver o que vão dizer....

 :popcorn: vamos lá ver o que vem a seguir....  :laugh:

Xmarine

  • Visitante
Re: "Politica nacional"
« Responder #359 em: 06 de Fevereiro de 2016, 11:50 am »
Não gosto de nenhum politico. Mas os gajos da esquerda caviar conseguem ter o dom da asquerosidade.

Sent from my dead french cars with my german dead car