(um obrigado ao JuizDidi de
http://www.dragteam.info pelo texto sem ser em PDF)
[size=150]GPL - A sigla certa para poupar nos combustÃveis[/size] Abastecer o automóvel está cada vez mais caro. Os preços do gasóleo e da gasolina não param de subir. Estão, mesmo, em máximos históricos. Valores recorde que se tornam incomportáveis e que incentivam a procura por alternativas. Uma delas é o GPL. Pode permitir uma poupança de mais de 700 euros ao final de um ano. Alguma vez pensou ter um carro a GPL? Não. Porquê? Não é seguro. Estraga o motor e, ainda por cima, gasta mais. Estes são alguns dos mitos sobre este combustÃvel alternativo. Mitos. Porque, na realidade, um veÃculo a GPL não tem mais, nem menos, problemas do que um a gasolina ou a gasóleo. É verdade que gasta mais, mas também o preço por litro é substancialmente mais baixo.
Numa altura em que os consumidores enfrentam subidas acentuadas nos preços dos combustÃveis, e em que tanto a gasolina como o gasóleo estão em máximos históricos, o GPL pode ser uma boa solução. Pode permitir contornar os recordes e, assim, gerar uma poupança significativa de cada vez que tem de ir ao posto de abastecimento para atestar o veÃculo.
O litro de GPL não está imune às subidas de preços. No último ano, o valor por litro subiu 18%. Ainda assim, está nos 0,745 euros, de acordo com os dados semanais da Direcção Geral de Energia e Geologia. Ou seja, um litro de GPL custa sensivelmente metade do que um de gasolina de 95 octanas. Uma diferença substancial que pode traduzir-se numa poupança de 770 euros ao ano, de acordo com cálculos do Negócios.
Esta poupança tem em conta que serão percorridos 20 mil quilómetros num ano e que um veÃculo a GPL gasta um pouco mais. "É normal é que haja um aumento no consumo na ordem dos 20%. Ou seja, um carro que gaste cerca de oito litros de gasolina a cada 100 quilómteros, passará a consumir 9,5 a 10 litros, em números redondos, de GPL", explicou Miguel Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL (ANIC).
Mesmo com o consumo adicional, um veÃculo a GPL revela-se mais económico face a outro a gasolina. Comparativamente a um carro a gasóleo, também há uma poupança mas é menor, na ordem dos 25 euros por ano, isto porque estes últimos apresentam consumos substancialmente mais baixos. No "confronto" entre estes dois combustÃveis, o custo de instalação do sistema de GPL não compensa.
No caso da gasolina, a situação é bem diferente. "O preço de instalação de um sistema de GPL não varia muito. Depende das caracterÃsticas dos motores, mas o preço ronda, normalmente, os 1.500 euros", disse Miguel Rodrigues ao Negócios. Um valor que rapidamente é amortizado. Assumindo que o utilizador percorre 20 mil quilómetros por ano, consegue-se anular o custo inicial ao final de dois anos.
É esta poupança que está a atrair os portugueses. "Actualmente, a estimativa é de que existam cerca de 60 mil carros a GPL", referiu o presidente da ANIC. Seriam mais se houvesse "alguma da motivação adicional na aquisição de veÃculos novos a GPL" como há na Inglaterra, onde existe uma redução dos custos de circulação, nomeadamente no centro de Londres". Em Itália ou França, há "benefÃcios fiscais obtidos que muitas das vezes equivalem ao valor da conversão e até o ultrapassam".
Mesmo não existindo incentivos à conversão de veÃculos para GPL, estes deverão aumentar. "É normal que as pessoas procurem combustÃveis alternativos quando os preços da gasolina e do gasóleo disparam", disse o mesmo responsável. "A conjuntura económica actual favorece a procura pelo GPL".
Mas são muitos os que resistem à mudança. A explicação está numa série de receios em torno deste combustÃvel. O principal é o de que os carros a GPL podem explodir. Poder podem, mas também todos os outros. "Actualmente, é impossÃvel que haja falhas de segurança nestes sistemas", garantiu Miguel Rodrigues. "É uma questão que não se coloca".
Outro ponto que afasta os portugueses do GPL é o facto de estes carros não poderem ser estacionados em parques subterrâneos. Algo que poderá mudar em breve já que a ANIC avançou com um pedido de alteração à legislação para os carros movidos a GPL: "solicitamos que passem a haver inspecções periódicas, tal como as que existem para os restantes veÃculos, em que sejam avaliadas também as condições do sistema de GPL", explica Miguel Rodrigues.
[size=100]Instalação de GPL amortizada ao fim de dois anos[/size]
Há marcas que vendem carros novos a GPL. Mas são poucas. Daà que a maioria opte pela conversão dos veÃculos, através da instalação de sistemas de GPL. Quanto custam? O preço varia, mas muito pouco. Ronda os 1.500 euros. É um investimento algo elevado, mas que rapidamente poderá ser compensado. Tendo em conta os actuais preços do litro de GPL e da gasolina de 95 octanas, e assumindo que o utilizador percorre 20 mil quilómetros por ano, o custo inicial terá sido amortizado ao final de dois anos. A partir daÃ, e assumindo os preços actuais, é só poupar. Por ano, a diferença de gasto em combustÃvel atinge os 770 euros. Face aos veÃculos a gasóleo, a vantagem é menor, porque os consumos destes últimos são mais baixos. Mas, atenção: os veÃculos a gasóleo são invariavelmente mais caros.
GPL [size=100]Consumo médio[/size][size=100]7,8l/100km[/size]
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Litros num ano[/size]
[size=100]1.560 euros[/size]
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Custo anual[/size]
[size=100]1.162 euros[/size]
[size=100]Gasóleo
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[size=100]Consumo médio[/size][size=100]4,6l/100km[/size]
[size=100]
Litros num ano[/size]
[size=100]920 euros[/size]
[size=100]
Custo anual[/size]
[size=100]1.190 euros[/size]
[size=100]Gasolina
[/size]
[size=100]Consumo médio[/size][size=100]6,5l/100km[/size]
[size=100]
Litros num ano[/size]
[size=100]1.300 euros[/size]
[size=100]
Custo anual[/size]
[size=100]1.932 euros[/size]
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Nota: Os valores apresentados como custo anual com combustÃvel têm por base uma média de 20 mil quilómetros por ano, e os preços médios referentes à última semana, apresentados pela DGEG. O consumo médio estimado para o veÃculo a GPL assume um aumento de 20% face ao da gasolina.[/size]
[size=100]Para as médias combinadas, tiveram por base os consumos anunciados para o Renault Mégane III a gasolina (1.4 TCs de 130CV) e a gasóleo (1.5 dci 110CV). A selecção do modelo teve por base o facto de ter sido um dos carros mais vendidos em 2010.[/size]
[size=150]Carros novos a GPL - Burocracia dita pouca oferta[/size] São poucas as marcas que incluem na sua gama comercial veÃculos já equipados com sistemas de GPL. Em Portugal, só há três fabricantes que o fazem, o que é explicado, em parte, pela dificuldade na obtenção de homologação destes veÃculos quando a sua conversão é realizada em Portugal, antes da matrÃcula.A grande maioria dos carros a GPL que circula em Portugal nem sempre teve este combustÃvel como principal fonte de energia. Tendencialmente, são carros que foram comprados e, posteriormente, convertidos, muitas vezes à revelia da marca e com perda de garantia, caso ainda existisse. Mas já há fabricantes que vendem carros novos a GPL.
Nos últimos anos, algumas marcas passaram a incluir na sua oferta comercial carros a GPL. Não são, no entanto, muitas. "Só três marcas arriscaram comercializar veÃculos a GPL. Foram a Mitsubishi e a Subaru e actualmente a Chevrolet", disse Miguel Rodrigues, Presidente da Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL (ANIC), em declarações ao Negócios.
A Chevrolet comercializa o modelo Aveo, em todas as suas configurações, e deverá introduzir em breve mais um modelo, o Spark, na gama de veÃculos a GPL, a qual recebe a designação de "Bi-FUEL" (uma vez que permite a utilização tanto de GPL como de gasolina, de forma alternada). O "marketing" destes veÃculos é fácil: "desconto de 50% sempre que abastecer", diz a Chevrolet, numa clara referência ao facto do litro de GPL custar, actualmente, cerca de metade do preço por litro de gasolina.
Nuno Heleno, director de comunicação da Chevrolet Portugal, afirma que tem "havido procura. A adesão tem sido boa. Neste momento, a oferta de GPL representa cerca de 40% das vendas do Aveo". Um bom resultado que permite à marca manter a confiança neste combustÃvel alternativo à gasolina.
As fabricantes "sentem grandes dificuldades" em ter uma oferta comercial de veÃculos a GPL, "isto porque o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) dificulta a homologação do sistema de GPL antes do veÃculo ser matriculado", explicou Miguel Rodrigues.
O especialista afirma que "se as marcas converterem os carros em Portugal, não os conseguem legalizar, mas se os mandarem vir de fora já com o sistema de GPL instalado com o mesmo equipamento e processo de instalação que é praticado cá, o IMTT aceita administrativamente a alteração sem qualquer validação adicional". No caso da Chevrolet, os carros "são importados de Itália já com o sistema de GPL", diz Nuno Heleno.
Mesmo com todos os entraves, as marcas mantêm a aposta. Fazem-se valer do facto de este ser um combustÃvel substancialmente mais barato do que os tradicionais, com o "bónus" de oferecerem a quem compra um carro a GPL novo, ter garantia da própria marca.
"Quando alguém procede à conversão de uma viatura própria, já em circulação, mas ainda em perÃodo de garantia do fabricante, é prática comum as marcas resolverem a garantia de fabrico invocando intervenção não autorizada", explicou Miguel Rodrigues.
Daà que seja "prática comum proceder à conversão após o perÃodo de garantia do fabricante do automóvel, ou ainda em garantia, mas abdicando da oficina da marca e passando a utilizar os serviços da rede de instaladores credenciados e associados da ANIC-GPL que proporcionam igualmente serviços de mecânica geral de qualidade certificada".
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[size=100]Motores "diesel" a GPL?[/size]
Já há "kits", mas são caros e o sistema não funciona de forma tão eficiente como nos motores a gasolina.Os "kits" GPL já existem há vários anos., mas para motores a gasolina. Mais recentemente, surgiram no mercado sistemas de GPL para veÃculos a gasóleo, mas ao contrário do que acontece nos primeiros, para estes motores a conversão não é tão rentável.
"Neste momento já é possÃvel converter carros a gasóleo para GPL, mas não é tão eficaz", explicou Miguel Rodrigues, Presidente da Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL (ANIC), ao Negócios.
Porquê? "A instalação é mais cara e o motor continua a consumir gasóleo". Só "cerca de 30% são substituÃdos por GPL", acrescentou o responsável, lembrando que a conversão só deve ser feita em casos em que a utilização seja intensiva.
"Esta adaptação ainda é feita essencialmente aos pesados pelos factores de maior consumo por quilómetro e número de quilómetros percorridos por ano", diz Miguel Rodrigues. "Um pesado com consumo tÃpico de 40 litros de gasóleo a cada 100 quilómetros e cerca de 100.000 quilómetros por ano consegue recuperar o investimento de cerca de 5.000 euros em menos de um ano", conclui.
[size=100]Cinco mitos sobre os carros a GPL[/size]
Há uma série de mitos que afastam os condutores dos veÃculos que utilizam GPL. O principal é o de que podem explodir, em caso de colisão. Mas há outros, como o de que o GPL estraga o motor, reduz-lhe a potência e aumenta exponencialmente o consumo de combustÃvel. Gasta mais, é um facto. Mas não muito mais, e o combustÃvel é mais barato.1. [size=100]Reservatórios de GPL explodem[/size]Muitos condutores mantêm reservas sobre o GPL. E um dos principais argumentos é o receio de que o reservatório expluda numa situação de embate. Mas, actualmente, essa é uma questão que não se coloca. Os sistemas de GPL são instalados por entidades credenciadas e depois são validados numa Inspecção Extraordinária em centros de inspecção automóvel de categoria B. Desde 2006 que as falhas de segurança nestes sistemas são estatisticamente desprezáveis desde que sejam cumpridas as boas práticas de instalação.
2.[size=100]
Estraga o motor dos carros[/size]
Desde que o funcionamento do motor a gasolina esteja perfeito não são expectáveis problemas após a instalação de um "kit" GPL. Poderão existir casos de motores mais exigentes onde, a necessidade de um substituto dos aditivos utilizados na gasolina, é impreterÃvel, pois o aumento da temperatura dos gases de escape é quase inevitável. Nestes casos especÃficos o instalador está tecnicamente documentado para poder identificar as soluções mais adequadas.
3. [size=100]
GPL tira potência[/size]
O mito da perda de potência é uma consequência histórica. Os sistemas de GPL mais antigos instalados em motores de carburador eram ineficientes, havendo uma perda de potência nos veÃculos que poderia chegar a 10%. Mas, actualmente, com os sistemas de gestão electrónica isso já não acontece. Inclusive, existem casos de motores turbo em que a afinação adequada permite um aumento de potência aproveitando a maior octanagem do GPL.
4. [size=100]
Consumos disparam[/size]
O aumento exponencial nos consumos, após a conversão para GPL, é um mito. De facto, um carro a GPL gasta mais, mas não muito mais. O aumento registado resulta das caracterÃsticas do próprio combustÃvel. É normal haver um aumento no consumo na ordem dos 20% em número de litros. Mas também é preciso ter em conta que o custo deste combustÃvel é muito mais baixo e acaba por compensar em termos económicos com uma redução de cerca de 40%.
5. [size=100]
Carros ficam sem bagageira[/size]
Um dos mitos sobre o GPL é que a instalação dos reservatórios acabam por tirar espaço à bagageira. Antigamente os reservatórios em cilÃndricos, retirando de facto espaço para arrumação na mala, mas os novos "kits" acabam com esse problema. Os reservatórios em forma de "donut" são montados no local onde está o pneu suplente, pelo que a bagageira não sofre qualquer perda. Para solucionar o facto de ficar sem suplente, o condutor deve adoptar um "kit" de reparação de furos.
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