Autor Tópico: GPL, um artigo recente.  (Lida 27392 vezes)

Offline Gonçalo

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #15 em: 16 de Setembro de 2011, 02:14 am »
Boas!!

Eu tambem já pensei em mudar para GPL, mas só não avancei ainda para a mudança porque não há bombas GPL nas proximidades, eu moro em Alenquer e trabalho em Ponte de Sor, e bombas de GPL, nem velas... so a da A1 em Aveiras, e fica muito fora de mão  :sad: !!

ja te disseram tudo no post anterior :) é atestares nas zonas em que tens. Por exemplo, em Castelo Branco o unico que há é na A23, a caminho de Alcains na Cepsa ;) contudo continua a compensar para mim :)
Vais partir, naquela estrada, onde um dia chegaste a sorrir...

Offline Gonçalo Santos

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #16 em: 23 de Outubro de 2011, 22:02 pm »
Olá Gonçalo, reparei que instalaste um kit GPL no teu carro, será que podes ar pormenores do preço? nome do kit, do deposito (quero um com capacidade superior 45.5 Litros).. e claro está, preço..

Obrigado e cumprimentos.

Gonçalo Santos
« Última modificação: 17 de Dezembro de 2012, 18:01 pm por rodinhas »

Offline Gonçalo

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #17 em: 23 de Outubro de 2011, 23:00 pm »
Kit da marca Tartarin, deposito cilindrico de 80L (uteis apenas 60L sensivelmente) e preço seguiu por pm ;)
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Offline Extremist

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #18 em: 28 de Outubro de 2011, 19:34 pm »
Saudações!  :dance:


A minha Laguna também já está em lista de espera para levar GPL ainda este ano! Digamos que será um presente de Natal para mim próprio!  :dance: :happy:

Offline Sls a GPL

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #19 em: 17 de Dezembro de 2012, 18:06 pm »
Citação de: Super interessante
Vale a pena ou não vale?

O GPL volta a dar que falar

Em tempo de crise, o GPL volta a ser tema de conversa. Converter um carro a gasolina para GPL, ou comprar um modelo novo equipado de fábrica com essa possibilidade, tem custos mas traz benefícios. Como em tudo, há vantagens e desvantagens, mas valerá mesmo a pena?

Desde os anos setenta que existe GPL à venda em Portugal. O gás de petróleo liquefeito é destilado do petróleo, tal como a gasolina ou o gasóleo, sendo o último combustível a ser extraído do crude. Na verdade, trata-se de uma mistura de dois gases, propano e butano, que são sujeitos a uma pressão de 7 bar, para passarem à forma líquida, na qual o GPL é armazenado nos postos de abastecimento e também nos depósitos dos automóveis. É um combustível com 100 octanas, menor percentagem de enxofre do que a gasolina, sem chumbo e que não necessita de aditivos para aumentar a sua performance. Tem apenas um aditivo, o etil mercaptano, que lhe dá um odor para ser mais facilmente detetado, em caso de fugas.

É um combustível adaptado para substituição da gasolina, em motores deste tipo, e, como tem uma combustão mais completa, é menos poluente do que a gasolina e o gasóleo. A sua queima emite essencialmente dióxido de carbono, monóxido de carbono e vapor de água, em valores muito mais reduzidos do que a combustão da gasolina, como se pode ver por estes números: redução de 75 por cento no monóxido de carbono, de 10% no dióxido de carbono, de 85% nos hidrocarbonetos não queimados, de 40% nos óxidos de azoto e de 85% nos gases que atacam a camada de ozono. Face aos motores a gasóleo, tem ainda a vantagem de emitir menos 90% de partículas de fuligem.

Além desta vantagem ambiental, que será apreciada sobretudo por um utilizador com maior consciência ecológica, a grande vantagem do GPL é o seu menor preço: face à gasolina, custa praticamente metade. Um motor a gasolina, quando passa a consumir GPL, aumenta os consumos entre 20 e 30% (o GPL tem um menor poder calorífico por unidade de volume), mas o custo de combustível, por quilómetro, continua sempre a ser mais baixo (é cerca de 40% inferior à gasolina). É por isso que o GPL volta sempre a ser tema de debate, quando chega uma época de crise económica.

Porém, se, até há pouco tempo, quando se falava de automóveis movidos a GPL estava a falar-se obrigatoriamente de um modelo a gasolina convertido posteriormente para consumir GPL, nesta altura já existem no mercado duas marcas que oferecem modelos novos capazes de consumir gasolina ou GPL: a Fiat e a Chevrolet.

A conversão para GPL

Converter um motor a gasóleo para gastar GPL é demasiado caro e não traz benefícios suficientes, em termos de economia de combustível, pelo que não é feito. A conversão de um motor a gasolina para poder consumir GPL é cada vez mais popular, e estima-se que existam 45 mil automóveis a circular em Portugal a GPL. A conversão é sempre feita de modo a que o automóvel possa continuar a consumir gasolina. Aliás, o arranque do motor é sempre feito a gasolina, passando automaticamente a GPL, pouco depois. É montado um botão no interior, que o condutor pode comutar entre as posições gasolina e GPL. Isto permite um imediato aumento da autonomia máxima, somando a autonomia do depósito a gasolina com a do depósito GPL.

A conversão de um automóvel para consumo de GPL só pode ser feita numa oficina autorizada para este trabalho específico. A lista completa dos instaladores oficiais de GPL pode ser consultada no site do IMTT (http://www.imtt.pt), onde é continuamente atualizada. A operação inclui a montagem do depósito de GPL, de novos tubos de combustível, injetores específicos, cablagem elétrica, um comutador, um indicador de nível de GPL no depósito e válvulas de segurança, além de uma “centralina” própria.

É um processo complexo mas que os instaladores oficiais dominam há vários anos, sendo possível efetuá-lo num prazo de dois dias. O custo varia consoante o tipo de motor (quanto mais cilindros, mais caro, e não existem kits para motores com mais de oito cilindros), mas, para a esmagadora maioria dos casos (motor de quatro cilindros com injeção multiponto), custa cerca de 1500 euros, incluindo neste valor todos os componentes, mão-de-obra, a obrigatória inspeção extraordinária a que o veículo tem de ser submetido e a documentação.

O primeiro ponto contra é que se perde a garantia do fabricante do automóvel, pelo que só se aconselha a conversão para GPL em veículos que já tenham expirado o prazo de garantia.

Existem também kits de conversão para automóveis mais antigos, equipados ainda com injeção monoponto ou mesmo com carburador. São mais baratos, custam entre 800 e 1000 euros, mas não se deve ceder à tentação de poupar alguns euros e montar estes kits nos motores com injeção sequencial, pois iriam causar irregularidade de funcionamento e danos a médio prazo. No pólo oposto, existem também kits de conversão para motores modernos de injeção direta, mas os ganhos em consumo não são tão grandes, pois o motor precisa sempre de fazer ciclos de funcionamento a gasolina, para preservar os injetores. De qualquer modo, é preciso ter em atenção que qualquer tipo de kit de conversão para GPL pode necessitar de afinação, algumas centenas de quilómetros após a instalação.

Se a conversão a GPL for feita em automóveis com muitos quilómetros percorridos, é aconselhável verificar previamente o bom estado do sistema de ignição e arrefecimento, fazer um teste de compressão dos cilindros e mesmo mandar efetuar uma descarbonização do motor. Isto porque o GPL tende a “limpar” os cilindros de eventuais depósitos de carvão que lá tenham sido criados pela combustão da gasolina e que podem estar a esconder fugas. Se o carvão for limpo, voltam as fugas.

Para os modelos novos que já são vendidos pela Chevrolet e pela Fiat com sistema GPL integrado, os chamados “bi-fuel”, obviamente não é necessária qualquer conversão. Todas as alterações foram feitas de origem, na fábrica. A diferença de preço entre uma versão a gasolina e um “bi-fuel” não é tão óbvia de calcular porque entra em conta também o nível de equipamento, que, por razões de marketing, pode não ser o mesmo. Dois exemplos: na Fiat, um Panda 1.2 My Life GPL custa 12.800 euros, enquanto um Panda 1.2 Active custa 10.004 euros, mas o segundo tem bastante menos equipamento de série. Na Chevrolet, um Spark 1.0 L “bi-fuel” custa 10.980 euros enquanto o Spark 1.0 L custa 9990 euros, mas aqui a comparação é mais realista, pois ambos têm o mesmo equipamento de série.

As vantagens

O GPL promove uma combustão tendencialmente mais silenciosa do que a gasolina, tornando a utilização do motor ligeiramente mais suave. Por ser uma combustão mais completa, também evita a criação de depósitos de carvão nos cilindros, prolongando a vida útil do motor e diminuindo quer a contaminação quer a diluição do óleo, que passa a poder fazer mais quilómetros entre cada mudança.

Porém, a grande vantagem é mesmo a economia em combustível. Para ilustrar a vantagem do GPL face à gasolina, tomemos como exemplo um Fiat Punto 1.4 GPL com 77 cv. Quando funciona a gasolina, gasta 5,7 litros por cem quilómetros; quando funciona a GPL, gasta 7,0 l/100 km. Mas, como o litro de gasolina custa 1,60 euros e o de GPL custa metade, 0,80 euros, fazendo as contas, conclui-se o seguinte: cada 100 km feitos a gasolina custam 9,12 euros, enquanto a mesma distância feita a GPL custa 5,60 euros. Isto equivale a um custo de menos 40% a favor do GPL, que se aproxima do custo que se obtém numa versão com motor diesel.

Quanto à autonomia, como o Fiat Punto mantém o seu depósito de gasolina de 45 litros, adicionando um de GPL de 38 litros, se o condutor atestar os dois fica com uma autonomia total de 1332 km (789 mais 543 km).

No caso de um carro a gasolina usado, convertido com um kit GPL, cujo preço rondará os 1500 euros, considerando uma vantagem de gasto em GPL semelhante, podemos calcular a quilometragem a partir da qual o investimento no kit GPL começa a compensar. As contas dizem que, assim que se percorrerem 43.000 km com o automóvel convertido para GPL, o custo do kit fica “pago”. Ou seja, a partir dessa quilometragem, está efetivamente a poupar 40% em consumo, comparando com o motor a gasolina. Continuando a fazer contas, se o condutor percorrer 15.000 km por ano, atingirá os 43.000 km em menos de três anos. Ou seja, a partir dessa altura, começa, de facto, a poupar 40% com os custos de combustível.

As desvantagens

A conversão para GPL tem mais desvantagens no caso de um automóvel usado a que foi aplicado o kit, do que nos automóveis que já são vendidos novos com a possibilidade de consumir GPL ou gasolina. A primeira é a necessidade de investir na instalação do kit, como é óbvio. A perda de potência só acontece em motores a gasolina convertidos para GPL e só se nota a alto regime, com perdas a rondar os 5 cv. No caso de motores turbocomprimidos, pode até fazer-se subir a potência reprogramando o turbocompressor, aproveitando o facto de o GPL ter 100 octanas.

Depois, há a questão do depósito. Optando por um depósito cilíndrico de 100 litros, vai perder-se espaço na mala e também se prejudica a versatilidade do rebatimento do banco traseiro, caso exista. Nos automóveis vendidos de série com sistema “bi-fuel”, os depósitos usados são mais pequenos (entre 30 e 40 litros) e têm a forma toroidal (de um “donut”) para encaixarem no espaço habitualmente utilizado pela roda sobressalente. Não se perde nada em termos de espaço para bagagem, mas um furo só pode ser tratado com um kit anti-furo (sabendo-se que esta solução não remenda todos os furos) e a autonomia a GPL é menor.

Em termos de utilização, outra desvantagem é ser proibido estacionar em parques públicos fechados. Uma lei que subsiste em Portugal, apesar de já não existir uma razão técnica de segurança que o justifique. Espera-se a alteração da lei, como já aconteceu noutros países.

A rede de abastecimento GPL ainda não cobre o território todo, o que é um problema, sobretudo longe dos grandes centros. Finalmente, a obrigatoriedade de afixar um autocolante azul com as letras GPL na traseira do veículo é uma desvantagem, para quem não goste desta “decoração”.

E a segurança?

Sempre que há uma mudança de combustível, na indústria automóvel, levantam-se questões de segurança, na maioria dos casos sem grande justificação. Quando, no início do século XX, se passou do vapor para a gasolina, o público considerava um perigo um veículo circular com um depósito cheio de líquido altamente inflamável. Mais recentemente, quando se começou a falar de veículos elétricos, não faltaram as vozes que interrogavam sobre a possibilidade de os ocupantes serem eletrocutados, em caso de acidente.

Também o GPL levanta dúvidas, neste caso por ser um produto armazenado num depósito sob pressão. A verdade é que o depósito é feito em aço e é sujeito a testes de colisão, de incêndio e de pressão antes de ser homologado. Além disso, tem várias válvulas de segurança, que impedem as fugas de GPL. O depósito tem ainda um sistema que o impede de ser abastecido em mais do que 80% do seu volume, para existir sempre 20% de volume disponível, que funciona como câmara de expansão em caso de aumento de temperatura, quando o combustível passa de líquido a gasoso.

Em conclusão, pode dizer-se que a opção pelo gás de petróleo liquefeito deixou de ser uma curiosidade, de contornos um pouco artesanais, que solucionava o problema de consumos elevados em automóveis a gasolina com muitos anos de utilização. Hoje, é mais uma das alternativas disponíveis no mercado dos combustíveis, e terá um crescimento mais acelerado à medida que mais marcas proponham versões GPL ou “bi-fuel” nos seus catálogos de carros novos.

F.M.

Sete respostas úteis

O depósito de GPL é mais inseguro? Não. É feito em aço e teve de passar por vários testes de colisão e de incêndio, antes de ser homologado. Armazena o GPL a uma pressão de 7 bar, mas foi testado a 30 bar.

Há maior risco de explosão? Não. Só para dar um exemplo, o GPL é injetado no motor a uma pressão de 1 bar, enquanto a gasolina precisa de uma pressão três vezes superior.

O GPL faz descer a potência? Sim e não. Nas conversões feitas a posteriori, há uma ligeira descida de potência (cerca de 5 cv), mas que se sente só a altos regimes. Nos “bi-fuel” de série, não.

É proibido estacionar em parques fechados? Sim. Por enquanto, a lei portuguesa ainda proíbe os carros a GPL de estacionarem em parques públicos fechados. Mas espera-se que a lei mude, como aconteceu noutros países.

Quantos postos GPL há no país? Cerca de 290, mas o número está sempre a aumentar. A rede de auto-estradas está totalmente coberta com postos GPL.

É obrigatório afixar o autocolante? Sim. É obrigatório colocar um autocolante azul com as letras GPL a branco na traseira de qualquer veículo movido a GPL, novo ou convertido.

O depósito de GPL faz perder a capacidade da mala? Sim e não. Se for montado um depósito cilíndrico, sim. Mas se optar por um depósito em forma de “donut”, colocado no espaço da roda sobressalente, então não se perde nada.

SUPER 162 - Outubro 2011


Super interessante

Mais um artigo com informação útil sobre o gpl

Offline MRC

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #20 em: 03 de Julho de 2017, 23:36 pm »
inicio do debate aqui - http://www.renaultpt.com/index.php?topic=21211.msg334857#msg334857
Não sei onde é que vão buscar essa teoria  de perder gás com o calor.
A válvula de segurança só abre quando a temperatura envolvente ronda os 800ºC, como é que num dia normal se prede gás se nem lá perto a temperatura chega?

Já viram os vídeos sobre a segurança dos depósitos de gpl com carros À arder? já viram ao fim de quanto tempo depois de o carro estar a arder, a válvula dispara pela primeira vez?

Os depósitos  são testados  a 10 vezes mais pressão a que funcionam normalmente.

Quanto muito, o que pode acontecer é o gás, o propano ou o butano, passar para o estado gasoso e com isso À medida que se consome o combustível, faça com que a pressão fique baixa e com isso ter uma autonomia menor,  ou gás no estado liquido ficar com uma percentagem que ao ser consumido tenha menor poder energético,  mas que ele não sai do deposito, lá isso não sai.

Tony o gás expande com o aumento de temperatura, ao passar de liquido a gasoso no interior do reservatório, resultando numa maior pressão. Logo falta de pressão como causa de menor autonomia não me parece. Até porque o propano faz mais pressão com a mesma temperatura face ao butano. Nestes dias, ponho 20€ e o manómetro não passa da reserva. Normal, porque o manómetro apenas lê a fase liquida do gás.

Ainda vou estudar melhor o comportamento destes sistemas, pois agora com o calor, a minha Audi anda a fazer médias de 12/13 litros aos 100km... Até chegarem os calores, 9/10 litros. Mesmos trajectos, mesmos andamentos. E o consumo de gasolina mantêm-se praticamente linear.


« Última modificação: 05 de Julho de 2017, 20:56 pm por Tony da Buzina »
@Clio Rip Curl 2 '08 @R11 TSE '88 @A4 B5 1.8 GPL '96 @R9 GTS '88 @R9 TL '88 @Megane Privilege Luxe '02 @Megane RT '96
Monsieur Cléon, What Else?

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #21 em: 04 de Julho de 2017, 00:00 am »
Eu também já reparei nisso neste ultimo abastecimento, costumo por sempre acima dos 40L e a bomba só conseguiu por 30L lol
E no deposito está sempre gás no estado gasoso, é esse gás no estado gasoso que faz com que se mantenha a pressão dentro do deposito, com o calor esse gás pode estar mais expandido e por isso ocupa mais espaço impedindo a entrada de gás no estado liquido.
A concentração de butano/propano é que pode ser a responsável por esse efeito, se tiver mais propano, há mais gás expandido devido ao calor do que se tiver uma proporção menor de propano na mistura.
Não sei se me fiz entender lol mas que essa teoria do gás ser libertado só ocorre quando a pressão é muito elevada, não é com as pressões que se atinge num dia de calor.


Offline jotaagá

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #22 em: 04 de Julho de 2017, 10:55 am »
Boas

Eu concordo com tudo o que está está escrito sobre pressão, valvulas, etc e... também discordo.

Mas discordo unicamente (porque já li e vi em esquemas técnicos as valvulas, os valores e os comportamentos) baseado na aritmética e a aritmética ainda é o que de mais certo temos no mundo.

Se por um lado a valvula de segurança abre só a temperaturas de 800º, também é verdade aquilo que deposito quando atestado, registado e relacionado com o historial indica.

Aquilo que o MRC diz é verdade da mesma forma que o que diz o Tony da Buzina mas quase de certeza que o MRC vindo o tempo mais fresco as suas médias baixarão para os valores anteriores.

E no caso cá de casa, olho para o spritmonitor e o que vejo é que o consumo do carro aumentou na casa do 0,5l/100 desde maio.
Um caso particular: Tive um abastecimento registado com 8.06 l/100 atestado em 14/06, dia em que o carro era para ir ao algarve e acabou por não ir tendo ficado na garagem 10 dias, voltou a ser atestado após gastar o deposito a 30/06 onde demonstrou um consumo de 8,51 l/100 e com percursos iguais, tipos de condução iguais. Voltou-se a atestar ontem e dá 8,00 l/100.
Se estivesse a falar dum deposito de 60l, 700 a 800 kms de percurso, mais 0,5l menos 0,5l ainda seria como o outro mas não, estou a falar dum deposito que grosso modo de 330 em 330 kms tinha de ser atestado agora com uma media de 24 l de atesto antes de maio e 22 atualmente, de 280 em 280, e os 24 l de atesto até maio davam para perto de 330 kms/deposito quando os 22 atualmente dão para 280.
Agora se será evaporação, expansão, etc não o sei ao certo mas isto é aritmética; se fosse um caso de o depósito levar menos combustivel com o calor (que leva efetivamente) mas as contas do consumo médio darem o mesmo consumo, estaria tudo bem mas não dá o mesmo consumo e no caso isolado que descrevi ainda o consumo foi mais elevado; o que aconteceu nessa altura de diferente? esteve o carro parado 10 dias na garagem!

No caso do Rodrigopt até pode ser o factor calor versus menor combustivel no deposito a darem-lhe o aumento de consumo mas na minha opinião é um aumento muito grande. E se calhar (isto é dito sem rede) será até o problema que o meu deu quando teve de lá ficar a levar um update devido a um erro "de falta de ar" que lhe deu (nunca se sabe).

Cumprimentos

Offline profiesta

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #23 em: 04 de Julho de 2017, 12:57 pm »
Tony, acho que devias ler mais sobre os Kits de GPL. Eu até gosto de ler os teus post, mas em relação ao GPL perco a vontade. É os sistemas de lubrificação de válvulas que são tipo banha da cobra. É o tanque que só tem válvula que dispara a mais de 800 graus.

Acho que devias saber que ao teres o carro parado o dia todo ao sol, a válvula vai libertando o excesso de pressão. Mais o facto de no verão as bombas nem sempre terem pressão para encher o tanque devido à composição do GPL ser 98% propano, quando para o nosso país o ideal seria 80% butano e 20 propano.


Qualquer dúvida, contacta um instalador.

Offline Farfalho

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #24 em: 04 de Julho de 2017, 13:44 pm »
Coisas que estão erradas e devem ser corrigidas. No depósito de GPL o gás encontra-se em estado líquido, na sua maioria quando cheio até aos 80%. A parte superior estará em gasoso. Com o consumo a pressão desce e o gás não consegue forçar o líquido todo a sair.

Não esquecer que com o aumento de temperatura aumenta a pressão no depósito e  é algo que já está submetido a uma força de compressão.

Propano é pior que o Butano mas por ser mais barato carregam. Cada clima deve ter um rácio próprio, não acontece cá ao contrário de outros países.
Butano dá melhor rendimento, explosão e menor desgaste nos vedantes.

Para os consumos usa-se regral geral o coeficiente de cagaço, 30%. De longe ser conservador e ajuda a ter melhor percepção devido ao nosso gpl.

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Offline Sls a GPL

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #25 em: 04 de Julho de 2017, 14:44 pm »
Profiesta, o que o instalador me disse é que não sai gás do deposito quer o carro esteja parado ou a andar, exepto em caso de pressão a mais, que normalmente só ocorre em situação de incêndio.

As garrafas de gás tem capacidade para uma pressão máxima de 30 bares e não têm válvula de segurança.
O deposito de gpl suporta igualmente uma pressão máxima de 30 bares.
As garrafas de gás estão expostas directamente ao sol, atingindo temperaturas altíssimas e não fazem efeito pipoca com o calor.
O deposito de gpl só está exposto  à temperatura residual  do ambiente envolvente, por isso não chega À temperatura nem perto nem de longe que possa causar um excesso de pressão dentro do deposito.

O que pode acontecer, é que a quantidade de gás que fica no estado gasoso, acaba por empobrecer o gás que está no estado liquido, e acabe por ser necessário consumir mais combustivel para obter o mesmo valor energético, fazendo assim aumentar a média de consumo.

Profiesta essa teoria é muito bonita, mas explica lá como é que o meu carro faz medias maiores , mas o carro passa o tempo todo em garagem durante o dia e eu ando maioritariamente à noite ou ao fim da tarde em que as temperaturas são mais baixas, e durante o dia em que o carro está parado, na ausência de sol, a temperatura ambiente a rondar os 20ºC. Perde gás na mesma ??? E como sabes o gás tem um marcador (cheiro), segundo a tua teoria seria normal num carro com gpl e ao sol que cheire a gás, mas sabes bem que isso não acontece.

Offline jotaagá

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #26 em: 04 de Julho de 2017, 15:23 pm »
Boas

@profiesta.
Concordo inteiramente, se bem que fale só através da experiência que tive em tempos por trabalhar com oxigénio liquido mas como e sobre outros assuntos já entrei "em rota de colisão" com o Tony da Buzina, optei por calar a minha convicção; afinal independentemente do que aqui escrevamos podemos continuar a possui-la (a nossa convicção) e não fazer voz dela mas sem dúvida alguma que se coloco "x" litros de gás em liquido que estará comprimido (desconheço a taxa ao certo mas já li qualquer coisa tipo 1L GPL gasoso=2,x Kg enquanto que liquido =0,5x Kg), este ao "gaseificar-se" aumentará o seu volume e aí não se trata de temperatura e trata-se de pressão, logo os 800º ou "whatever" eclipsam-se enquanto argumento nesta situação

Por curiosidade e se bem me lembro 1L de oxigénio liquido dava 860L de oxigénio gasoso/respirável, claro que este rácio será diferente no GPL.

Poder-se-à falar em odor mas o odor se o gás libertado de forma muito lenta e passível de se "diluir" no ambiente pode acontecer nem dele nos darmos conta. Na minha opinião é esta pressão libertada, e que o é muito lentamente, agora no tempo quente que aumenta o consumo do motor, só assim dá para compreender de forma mais ou menos leiga a diferença do consumo que basicamente se traduz em mais litros de combustível para menos kilometros percorridos; ora isto acontece (mais combustivel e menos kms), para onde foi o combustível que daria para fazer o mesmo nº de kilometros? Faltará aqui (falo por mim) a real comprovação disto ao, quando regressando o tempo mais fresco os consumos voltarem a baixar.

Também li algures (não consigo precisar) essa dita relação de 98% propano mas na altura pensei tal ser devido basicamente à diferença de comportamento do propano versus o butano; admito que tem bastante lógica e sentido no nosso País essa composição dever ter uma diferente relação. Por outro lado a Galp como produz GPL não só para consumo interno deve cumprir uma relação que mais lhe convenha, tanto a nível da sua base negocial como também cá para o nosso clima (afinal a Galp existe para dar lucro e esta composição certamente lhes dará lucro que se tal não acontecesse alteravam-na; confesso-me um pouco/bastante céptico relativamente à/s gasolineira/s) e a gasolineira tem é de obedecer às tais 89 octanas minimas no caso do GPL.

Da mesma forma, e isto serve para reconhecer @ Farfalho a minha concordância e também relacionando-a com aquilo que escreveu o @profiesta sobre o que escreveu e como escreveu via suporte móvel mais não se deve ter expandido na sua opinião, sobre os 80% e os 20% destinados a pressão no depósito permanentemente dedicados.

Deixo um link que de manhã não deixei mas deixo-o agora onde se pode ler na página 3 uma secção dedicada a uma "multiválvula" onde é indicado especificamente os 80%, a pressão interna do deposito e o abastecimento e segundo indicado é esta válvula a responsável pela indicação do nível de combustível no deposito GPL.
http://www.autofonseca.com/gpl.pdf

Cumprimentos

Offline Sls a GPL

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #27 em: 04 de Julho de 2017, 16:24 pm »
A válvula de descarga está projetada para disparar aos 27 bar +/- 1 bar
Entre a pressão a que o gás está no deposito quando enchemos (+/- 15 bar É o que tenho visto no manómetro que a bomba tem) até aos 27 bar, ainda vai muita pressão.... para mais quando depois andamos com o carro e gasta-se algum gás, mas mesmo assim com o deposito cheio, é pouco provável que o calor residual que o deposito está sujeito a pressão interna atinja os 27 bar

Cultivem-se  ;)  :laugh: E eu não invento, baseio-me naquilo que leio e no que me transmitem, se as fontes estão erradas ou não, não sei.

http://www.mastergas.pt/seguranca-gpl.aspx

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:072:0001:0112:PT:PDF

« Última modificação: 04 de Julho de 2017, 16:26 pm por Tony da Buzina »

Offline profiesta

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #28 em: 04 de Julho de 2017, 18:56 pm »
Olha estou de férias... não tenho net fixa e não me apetece prolongar mais isto.

Toni é como quiseres, falas que os outros devem-se cultivar, na minha opinião acho que aqui todos temos telhados de vidro. Portanto não queiras entrar por aí...
« Última modificação: 04 de Julho de 2017, 18:56 pm por profiesta »

Offline MRC

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Re: GPL, um artigo recente.
« Responder #29 em: 04 de Julho de 2017, 20:51 pm »
Continuo a dizer que o problema disto tudo é mesmo do GPL tuga ser propano, por causa do nosso clima.

Consumo doméstico - Propano (e até é mais caro que o butano)

GPL, até podia ser só butano... Mas para a "Petrogolpe" é lhe mais rentável o volátil propano...
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