Autor Tópico: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...  (Lida 203268 vezes)

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #300 em: 21 de Julho de 2013, 17:23 pm »
LiveLeak.com - Andrea Antonelli Fatal Crash Supersport Moscow 2013 Motorbike

Offline Kovinha

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #301 em: 22 de Julho de 2013, 09:50 am »
Já para não falar que o gajo "tentou" ultrapassar o tractor num risco contínuo

Offline Rui

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #302 em: 25 de Julho de 2013, 15:42 pm »
Sem comentários.

Raw Footage: Spain Train CRASH Near Santiago De Compostela | Accidente Tren en España
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Offline Lipe

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #303 em: 25 de Julho de 2013, 18:18 pm »
quando vi isso hoje de manhã até me arrepiei. A curva tinha o limite de 80km/h e ele tentou fazê-la a 190km/h

Infelizmente essa falha resultou já em mais de 70 mortos... :(
Horrível mesmo

Offline angelocampia

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #304 em: 25 de Julho de 2013, 18:29 pm »
e segundo sei a linha tinha muitos mecanismos de segurança para evitar isto... mas falharam...

Offline Rui

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #305 em: 25 de Julho de 2013, 18:38 pm »
Naquele troço infelizmente não existe qualquer sistema que "obrigue" o comboio a reduzir a velocidade.
A contagem de mortos já vai em 80.
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Offline Sls a GPL

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #306 em: 25 de Julho de 2013, 18:49 pm »
Por vezes não se entende, com o avanço tecnológico que temos actualmente, face à 10 anos atrás, onde "quase tudo" é autónomo,  e num meio de transporte que diariamente carrega milhares de pessoas, não está dotado de sistemas que impeçam situações destas, para mais num comboio, que segundo o que foi dito nas noticias, estava preparado tanto para andar em linhas dito normais, quer em linhas de alta velocidade.
Apesar de para já , ter sido um acidente provocado por falha humana, também há a responsabilidade da entidade proprietária da linha por não ter tomado as medidas necessária para evitar que situações destas aconteçam.
Hoje em dia já há dispositivos que informam o comboio da velocidade máxima para  o troço e obrigam este a reduzir a velocidade no caso de ir em excesso de velocidade.

Offline Silvestre

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #307 em: 25 de Julho de 2013, 19:16 pm »
Já se sabem as causas do despiste? Quero dizer, é evidente que foi o excesso de velocidade, mas o maquinista tentou ter sorte e fazer a curva a 190 km/h ou ficou se a dormir ou que?
Na net li que a via contava com sistema electronico que travava o comboio se fosse em excesso de velocidade, não atuou o mecanismo foi?
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Offline Rui

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #308 em: 25 de Julho de 2013, 19:20 pm »
Naquele troço infelizmente não existe qualquer sistema que "obrigue" o comboio a reduzir a velocidade.
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Offline Silvestre

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #309 em: 25 de Julho de 2013, 19:40 pm »
Em causa estão ainda 140 feridos, dos quais 20 em estado muito grave, avança o jornal El País.

O descarrilamento do comboio Alvia, de transição entre a linha convencional e a de alta velocidade, ocorreu ontem à noite, a quatro quilómetros da estação. O comboio seguia com 222 passageiros e quatro tripulantes.

De acordo com o El País, o maquinista, que sofreu ferimentos ligeiros, admitiu logo após o acidente que o comboio circulava a 190 quilómetros por hora numa curva apertada em que a velocidade está limitada a 80 para aquele tipo de aparelho.

De acordo com o jornal, esta via conta com um sistema de controlo de velocidade, que trava os comboios quando estes excedem a velocidade permitida.
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Offline Dom

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #310 em: 25 de Julho de 2013, 20:39 pm »
Se existe ou não, não se fez notar. É infeliz que pessoas percam a vida com erros destes.

Offline Rui

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #311 em: 25 de Julho de 2013, 21:30 pm »
O sistema de controlo de velocidade existe sim na via reservada aos comboios de alta velocidade. O local onde se deu o acidente é uma zona que serve estes e os comboios normais, pelo que se pode considerar uma linha "normal" e neste mesmo local não existe esse sistema.
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Offline Rui

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #312 em: 26 de Julho de 2013, 18:42 pm »
Fonte: http://portugalferroviario.net/blog/?p=1245

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O que falhou em Santiago de Compostela

Part of João Cunha's adventure in Comboios | Tags: Acidente, Renfe, Talgo

Fomos todos atropelados pelo horrível acidente de Santiago de Compostela, onde 80 pessoas perderam a vida a bordo de uma moderna composição Talgo rolando sobre uma moderna via ferroviária.
 
A violência do impacto e os danos humanos provocados são muito superiores a outros acidentes graves, desde logo o grave acidente de Bretigny, em França, há alguns dias atrás. Aí, um comboio de passageiros com cerca de 30 anos de vida, descarrilou a 140 km/h e embateu na estação, provocando 4 mortos. Um dano 95% inferior ao acidente de Santiago de Compostela.
 
O que é claro deste acidente:
 â€¢A curva onde se deu o acidente está limitada a 80 km/h;
ʉۢO comboio seguia a 190 km/h;
 â€¢Toda a composição descarrilou, mas como é visível no vídeo do acidente, não foi à frente que a composição começou a descarrilar (unidade motora e furgão gerador, visto tratar-se de uma unidade híbrida eléctrica + diesel), mas sim nas carruagens.
 
 
 
O sistema de sinalização e porque não evitou o acidente
 
Contrariamente aos sistemas instalados em Portugal, Espanha não tem, fora das linhas de alta velocidade, sistemas de controlo de velocidade e de sinalização que obriguem os comboios a circular a determinada velocidade imposta pelo traçado. O sistema espanhol, o já famoso ASFA, apenas controla a velocidade que é determinada por sinalização. Por exemplo, se um comboio apanhar sinal verde (foi o caso deste acidentado), o sistema não regista qualquer limitação de velocidade. Mesmo em aspectos restritivos, como o amarelo, o sistema pode impor uma velocidade de circulação superior à velocidade de traçado (imaginemos 60km/h para um sinal amarelo, numa secção de via onde o traçado impõe apenas 30 km/h).
 
No local do acidente, a via tecnicamente não é já de alta velocidade, embora tenha sido construída do zero. O ERTMS, sistema de sinalização instalado entre Ourense e Santiago e que de facto controla sinalização e velocidade do traçado, já tinha ficado para trás, e o comboio circulava apenas com ASFA. O ASFA só controla a velocidade se esta for superior a 200 km/h, que é a limitação do sistema. Para baixo disso, qualquer velocidade é possível se estiver verde.
 
Exigia-se, portanto, que o maquinista reduzisse a velocidade como lhe é indicado quer na sinalização vertical presente ao lado da linha, quer na folha de marcha. Em Espanha, o horário técnico que o maquinista tem é que determina as velocidades aplicáveis a cada troço. Claramente ignorou, pois não há registos de que tenha sido uma falha de frenagem do comboio.
 
Em Espanha, na prática, um maquinista pode descarrilar todo e qualquer comboio – basta querer. Esta questão pode ser menosprezada se pensarmos que um maquinista tem de cumprir a regulamentação que jurou cumprir, mas no século XXI a redundância obriga a não se deixar esta questão ao arbítrio dos maquinistas. É impensável na Europa Ocidental que, em eixos com comboios rápidos e/ou saturados, não hajam sistemas de controlo da velocidade que impeçam este livre arbítrio. Em Espanha, já houve vários acidentes similares. Um dos mais notados, e que já há muitos anos tinha assinalado as deficiências do ASFA, foi do Diurno Vigo – Bilbao, que descarrilou numa estação por excesso de velocidade à passagem por uma agulha que o levava para uma via desviada. O motivo? O maquinista não percebeu que ia para uma via desviada em vez de passar pela linha directa, e o sistema não assumiu a velocidade determinada pela posição da agulha, assumiu apenas a velocidade do sinal. Sete pessoas morreram.
 
Outro notado acidente por causas similares foi o do Metro de Valencia, onde um comboio tentou fazer uma curva ao dobro da velocidade permitida, num túnel também sem qualquer controlo de velocidade. Mais de 40 pessoas perderam a vida.
 
Em Portugal, um acidente destes seria completamente impensável. Todos os eixos movimentados e/ou com comboios capazes de circular a velocidades elevadas têm o sistema CONVEL em serviço. Este serviço intercepta a velocidade determinada em cada troço pela via e pela sinalização, e obriga o maquinista a agir para ajustar a velocidade, desenhando uma curva de frenagem que o maquinista deve ou respeitar ou até ultrapassar (fazer uma frenagem maior). Basta que a frenagem esteja a ser menos intensa do que devia (nem é preciso que o maquinista não tome acção, note-se), e o comboio é imediatamente parado pelo sistema, com uma frenagem máxima de serviço.
 
Salta ainda à vista outro pormenor no acidente Espanhol que deve fazer reflectir. A concepção dos comboios Talgo sempre pareceu duvidosa em caso de acidentes. São incontáveis os acidentes com Talgo onde o número de perdas humanas parece descabido por comparação com outros acidentes similares ocorridos com outro material circulante mais “convencionalâ€. Apesar das circunstâncias do acidente (nomeadamente o talude), é estranho ver um comboio articulado (ou seja, onde duas caixas/carruagens assentam num mesmo bogie ou eixo, como é o caso dos Talgos ou dos TGV) desfazer-se todo. Os comboios articulados têm precisamente a característica de oferecerem mais segurança em caso de impacto e de ficarem mais inteiriços, mas no caso dos Talgos normalmente sucede que o comboio fica até mais desfeito do que carruagens normais, não articuladas.
 
Para referência a este nível, a 21 de Dezembro de 1993 o TGV francês estabeleceu o record mundial de velocidade para um descarrilamento, ao descarrilar a 297 km/h no norte de França, devido a um abatimento na plataforma de via. A concepção articulada do comboio permitiu ao comboio manter-se direito e não sair sequer da plataforma de via. No final, apenas um passageiro ficou ferido e um outro recebeu tratamento por ter ficado em estado de choque.
 
O Talgo, como se viu, desintegrou-se ainda antes de embater no talude. A diferença enorme de massas que existe entre as pequenas carruagens e o furgão gerador (albergando um potente motor diesel, incorporado a partir de 2012)  e a cabeça motora (com 70 toneladas, cada), pode ser decisivo para isto.
 
Espanha tem investido dezenas de milhar de milhões de Euros nos últimos anos para construir novas linhas de altas performances (umas mistas, outras AV pura para passageiros), mas continua a ter regulamentação frágil, sistemas de segurança desajustados das linhas em que existem (até se admite um sistema simples como o ASFA, mas em linhas com velocidades sempre baixas e com material motor de baixas prestações…) e material cuja concepção continua a não convencer. Não será por acaso que, para homologação dos parâmetros de segurança por parte do exigente quadro regulamentar francês, a Espanha optou por enviar para lá material TGV que adquiriu há cerca de 20 anos, quando as relações internacionais de prestígio que agora são operadas entre os dois países poderiam, da Renfe, merecer o material considerado como a jóia da coroa – os seus Talgos. Acaso ou não, a Renfe nem tentou homologar por lá a jóia da coroa…
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Offline Sls a GPL

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #313 em: 27 de Julho de 2013, 01:02 am »
Lá está o que eu tinha dito, é impensável numa linha daquelas não ter sistemas pró-activos no que toca a controlo de velocidade dos comboios. Apesar da irresponsabilidade do maquinista, a proprietária da linha também é responsavel por não ter um sistema  de segurança adequado.

Offline MRC

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Re: Acidentes de Carros, Mulheres ao Volante, etc...
« Responder #314 em: 27 de Julho de 2013, 01:31 am »
Basicamente 3 falhanços: o comboio que não presta, por estar mal projectado e por sofrer de falta de qualidade nos materiais de concepção, o sistema de segurança mediocre, e o atrasado mental do maquinista que ao que parece gostava de grandes velocidades, mesmo sendo num comboio onde centenas de vidas estão em jogo.

Só a lamentar os que perderam a vida, bem como os restantes sobreviventes que seguiam no comboio. Esperemos isto sirva de lição para daqui para a frente alterarem o que está mal e assim se evitar tragédias destas!
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Monsieur Cléon, What Else?